terça-feira, 21 de novembro de 2017

Livro: "Inventando a Terra Plana" de Jeffrey Burton Russel

Editora Unisa

Tradução de Ruy Carlos de Camargo Vieira

É com maior satisfação que podemos ver traduzido à luz mais um livro de grande interesse, no Programa Editorial da Universidade de Santo Amaro – "Inventando a Terra Plana", de autoria do renomado historiador Jeffrey Burton Russell, pesquisador da Universidade da Califórnia.

O tema abordado é bastante atual, agora que se iniciam os preparativos para a comemoração do Quinto Centenário da Descoberta do Brasil, fruto também das grandes navegações do final do Século XV e início do XVI.

O tema é tratado de forma bastante abrangente, despertando no leitor a curiosidade a respeito "do que está atrás" de um erro tão crasso como o de afirmar que a ignorância e o obscurantismo medievais foram os responsáveis pelo modelo de uma Terra Plana!

Nem Cristóvão Colombo, nem seus contemporâneos pensavam que a Terra era plana. Não obstante, essa curiosa ilusão permanece até hoje, firmemente estabelecida com a ajuda dos meios de comunicação, livros didáticos, professores nas escolas de todos os níveis, e até emsmo de historiadores sérios e honestos.

"Inventando a Terra Plana" é a tentativa feita pelo historiador Jeffrey Burton Russel, pesquisador da Universidade da Califórnia, de resgatar a verdadeira história que envolve a questão.

Ele inicia com uma discussão sobre o conhecimento geográfico existente na Idade Média, examinando o que Colombo e seus contemporâneos realmente criam, e então passa a inquirir como se deu a propagação do erro sobre uma Terra plana, partindo das décadas 20 e 30 do século XIX, e chegando até o fim do século.

Talvez a maior contribuição do livro seja a de pesquisar o porquê da persistência desse erro até os nossos dias, quinhentos anos após as grandes descobertas marítimas do fim do século XV e início do XVI.

Preferimos conviver confortavelmente com um erro, ou preferimos despender todos os esforços necessários para descobrir a verdade?

A farta documentação indicada nas referências bibliográficas desta obra não deixa dúvidas a respeito do contexto em que se deu a "invenção" desse modelo que, gradativamente, a partir da controvérsia provocada pela ascensão do Darwinismo, acabou caracterizando a Religião como uma força sempre em oposição à Ciência.


Fica justificada, assim, a participação da Sociedade Criacionista Brasileira na publicação deste livro em sua tradução para a língua portuguesa, pelo seu interesse em colaborar para o esclarecimento de dúvidas que freqüentemente são levantadas no contexto das discussões efetuadas sobre divergências de pontos de vista em torno de questões que envolvem simultaneamente aspectos científicos e religiosos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário