segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

É correto beber álcool?

Não
Nm 6:3, Pv 20:1, 23:20-21, 23:29-30, 23:31-32, Is 5:11, 5:22, 28:7, Dn 1:8, Hc 2:15, Lc 1:15, Rm 13:13, 14:21, Gl 5:21, Ef 5:18

Sim
Jz 9:13, Sl 104:15, Pv 31:6-9, Ct 5:1, Jo 2:3-10, I Tm 5:23".
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Descontradizendo vs. por vs.:
Nm 6:33 - "de vinho e de bebida forte se apartará; vinagre de vinho ou vinagre de bebida forte não beberá; nem beberá alguma beberagem de uvas; nem uvas frescas nem secas comerá".

Leiam o contexto:
2 - Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando um homem ou mulher se tiver separado, fazendo voto de nazireu, para se separar para o SENHOR,
3 - de vinho e de bebida forte se apartará; vinagre de vinho ou vinagre de bebida forte não beberá; nem beberá alguma beberagem de uvas; nem uvas frescas nem secas comerá.
4 - Todos os dias do seu nazireado, não comerá de coisa alguma que se faz da vinha, desde os caroços até às cascas.

Esta restrição estava relacionada apenas ao voto de Nazireu. A Bíblia não está dizendo que é errado beber álcool. O que ela está dizendo é que no período do voto de nazireu não se deve beber vinho, porém, deixa subentendido que fora do voto não há nenhuma restrição. Se houvesse restrição geral, do tipo "é proibido beber álcool em qualquer circunstância", não haveria a necessidade de escrever no texto bíblico que o nazireu não podia beber.


Pv 20:1 - O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio.
O versículo fala das atitudes de uma pessoa quando fica embriagada.


Pv 23:20-21 - Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão cairão em pobreza; e a sonolência faz trazer as vestes rotas.
Este texto fala dos alcoólatras e dos gulosos. Tanto um como outro cairão na pobreza, assim como nos dias de hoje.


Pv 23:29-32 - Para quem são os ais? Para quem, os pesares? Para quem, as pelejas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. No seu fim, morderá como a cobra e, como o basilisco, picará.
Este fala a respeito das pessoas que passam toda a sua vida em busca da bebida, tanto vinho como outras bebidas misturadas. E esta busca os derrubará, como uma cobra que pica.


Is 5:11 - Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice! E se demoram até à noite, até que o vinho os esquenta!
Situação típica de alcoólatras, que passam o dia todo a se embebedar.


Is 5:22 - Ai dos que são poderosos para beber vinho e homens forçosos para misturar bebida forte!
Este retrata os machões que se embriagam com vinho ou outras bebidas, afim de se mostrar que são resistentes aos efeitos da bebida. Situação que tornará estes homens futuros alcoólatras.


Is 28:7 - Mas também estes erram por causa do vinho e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos do vinho, desencaminham-se por causa da bebida forte, andam errados na visão e tropeçam no juízo.
Este é claro em dizer que o exagero na bebida (bebida forte, o mesmo de alta embriagues) traz consequências desastrosas até para os santos.

Todos estes textos sem exceção estão falando de embriaguez. E a embriaguez é totalmente condenada pela Bíblia. Porém, digo de novo, a EMBRIAGUEZ é condenada pela Biblia e não o fato de ter bebido o líquido em si.


Dn 1:8 - E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto, pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar.
Bom, se este versículo condena na visão da BDC uma pessoa beber vinho, então a BDC está dizendo também que a Bíblia condena também comer manjares (comidas de um banquete). Porém, como aqui ninguém é ignorante, vemos que Daniel se privou também da comida do Rei e não esta ideia que a BDC quer nos empurrar que com isso ele não bebia nenhum tipo de vinho.


Hc 2:15 - Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro! Tu, que lhe chegas o teu odre e o embebedas, para ver a sua nudez,
Precisa dizer alguma coisa? Acho que não né? O versículo por si só já descontradiz o besteirol teológico da BDC.


Lc 1:15 - porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe.
O texto está se referindo a João Batista. E isto não é um absoluto que serve como regra para todos. Esta foi a experiência dele. A Bíblia não está condenando beber vinho. Está dizendo apenas que João Batista não bebia vinho.


Rm 13:13 - Andemos honestamente, como de dia, não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja.
Bebedeiras... ok? Bebedeiras! Não se embriague. Será que a BDC sabe diferenciar beber vinho de se embriagar de vinho?


Rm 14:21 - Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.
Há pelo menos situações diante deste conselho de Paulo:
1. Não beba vinho na presença de um irmão que é fraco nesta área. Pois, você pode ser uma pedra para ele tropeçar no alcoolismo.
2. Não beba vinho na presença de um irmão que é fraco na sua consciência e pensa que beber é pecado. Pois ele pode se escandalizar e julgá-lo não ser de fato um homem de Deus.

Paulo não está condenando beber vinho. Apenas está dizendo que nestas duas situações, tenha o devido cuidado para com teu irmão a quem diz amar.


Gl 5:21 - invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.

Ef 5:17 - E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito,
Ambas Bebedices!

Conclusão
Bom, não irei nem comentar a respeito do SIM, porque ficou evidente que a Bíblia condena a embriaguez e o alcoolismo e não o fato de você beber álcool esporadicamente. E isto compete a consciência de cada um saber se dominar.


Pipe

sábado, 12 de dezembro de 2015

O Universalismo e o Inferno


"Os UNIVERSALISTAS querem me fazer acreditar que uma pessoa ouve do Evangelho, rejeita o Evangelho, e quando morre, por ter rejeitado o Evangelho, esta vai para o Hades, e lá no Hades ela terá uma segunda chance...
... Se lá no Hades ela não se re arrepender, quando Jesus voltar e a ressuscitar, ela será lançada no INFERNO (Geena) para que lá no INFERNO ela tenha uma terceira chance... já que o Hades não convenceu ela a "aceitar" Jesus...
... mas o mais LOVE nisso tudo, é que se nem o Hades for suficiente, e nem o Geena, eles acreditam que o Geena é temporário e não eterno. Logo, as pessoas não ficarão para sempre no INFERNO. Depois de um tempo no INFERNO, no fim das contas todo mundo vai morar no Céu. Porque Deus é LOVE... e no fim LOVE WINS... LOVE WINS... LOVE WINS".
Pipe

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

É uma boa coisa ser infantil?

Sim, é bom ser infantil.
Mt 18:3 - e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus.

Mt 19:14 - Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos e não os estorveis de vir a mim, porque dos tais é o Reino dos céus.

Mc 10:15 - Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.

Lc 18:17 - Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança não entrará nele.

Não, não é bom ser infantil.
I Co 13:11 - Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

I Co 14:20 - Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia e adultos no entendimento.

Ef 4:14 - para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.
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Descontradizendo vs. por vs.:
Mt 18:3-4 – “e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus. Portanto, aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus”.

Conclusão do vs.:
A única coisa que Jesus está dizendo aqui que tem a ver com ser “infantil”, se é que se pode usar esta palavra, é ser humilde como esta criança.
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Mt 19:14 - "Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos e não os estorveis de vir a mim, porque dos tais é o Reino dos céus".

Na NVI diz o seguinte: "Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas"...

Este texto faz parte do mesmo contexto. Jesus não tinha saído nem mesmo do mesmo local em que estava falando. O primeiro texto ele usou a criança como exemplo de humildade. Neste texto, ele as usa como exemplo de entrega e nada mais. E além disso, o texto diz "semelhante" e não igual. E dentro do contexto, o sentido ainda permanece o de humildade e não de infantilidade.
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Mc 10:15 - "Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele".

O texto está falando sobre a facilidade com que as crianças acreditam e se entregam as coisas. Jesus está falando disso, da entrega exemplificada na atitude das crianças que vinham a ele para o receberem.
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Lc 18:17 - "Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como uma criança não entrará nele".

Idem acima.
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I Co 13:11 - "Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino".

Paulo está falando de maturidade. Isto não é uma contrariedade ao que Jesus ensinou. Jesus não nos ensinou a sermos imaturos ou infantis. Pelo contrário, nos ensinou a buscarmos a perfeição. A única coisa que nos disse a respeito de sermos como as crianças é nos aspectos de humildade e entrega, como eu já disse. Já Paulo, está dizendo sobre maturidade. Ou estaria sugerindo a BDC, que a Bíblia nos ensina a sermos infantis pelo resto da vida? É óbvio que a Bíblia não ensina isto!
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I Co 14:20 - "Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia e adultos no entendimento".

Bom, o próprio versículo já está se auto explicando. E como podem perceber, ele mesmo diz que, sejamos meninos na malícia e adultos no entendimento. Será que a BDC está querendo sugerir que Paulo deveria dizer: "Sejam adultos na malícia e meninos no entendimento?". E daí eles dizem que é a Bíblia que afronta o intelecto humano.
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Ef 4:14 - "para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente".

Cá entre nós. Não é fácil enganar uma criança? É lógico que sim. É disto que Paulo está falando. Não sejam enganados facilmente como uma criança. Não sejam levados por qualquer ensino enganoso. Amadureçam na fé.
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Conclusão Geral:
Onde em algum momento neste texto diz que devemos ser infantis? Os primeiros textos dizem que devemos ser como crianças no quesito humildade e entrega, e nada tem a ver com ser infantil. A segunda seção diz que Paulo está nos ensinando que devemos amadurecer como seres humanos e nada tem a ver com deixarmos de ser humildes e termos uma vida de entrega a Deus.

Digamos que Jesus realmente tivesse dito que deveríamos ser como crianças, o que isto significaria? Na mente dos céticos talvez significasse usar fraldas, não trabalhar, falar gugu dada, brincar de “ciranda cirandinha”. O que parece ser óbvio para qualquer ser humano normal e maduro, na mente dos céticos aquilo se torna algo tão complexo e difícil de entender. Se eu digo para alguém: “Não seja criança!d”. Um cético entende literalmente: “O quê? Você está dizendo que faço coco na calça?”. Qualquer um entenderia, que se está tratando de imaturidade. Porém, um cético entende aquilo como literal. Coisa que só uma criança entenderia desta forma. Gugu dada.

C.S.Lewis disse certa vez:
"Com muita freqüência, entretanto, esse procedimento tolo adotado por pessoas que não têm nada de tolas, mas que, conscientes ou inconscientes, querem destruir o cristianismo. Essas pessoas apresentam uma versão da religião cristã própria para crianças de seis anos e fazem dela o objetivo de seu ataque. Quando tentamos explicar a doutrina cristã tal como é entendida por um adulto instruído, elas se queixam de que estamos dando nó na cabeça delas,...".
Fonte: "Cristianismo Puro e Simples"; ed. Martins Fontes; pg.54.

Isso que dá discutir com crianças!


Pipe

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

UM PLANETA ADEQUADO À VIDA

Por William J. Tinkle é Ph.D., Professor Emérito de Biologia no Anderson College, Indiana, U.S.A. Reside atualmente em Eaton, Indiana, U.S.A.

As propriedades físicas e químicas da água e da atmosfera mostram uma "adequação" do ambiente para a vida, como já ressaltado de maneira interessante por William Whewell e J. Henderson. Este artigo contém uma recapitulação dessa evidência, em testemunho da criação divina do ambiente físico e químico adequado à vida.

Suponhamos que se esteja passeando num campo, entre árvores e arbustos, e que alguém invisível atire uma pedra numa das árvores.

Se isso acontecer somente uma vez, pensar-se-á que a pedra foi atirada a esmo. Porém se a mesma árvore for acertada nove vezes em dez, ter-se-á certeza de que o alvo é mesmo aquela árvore. A pedra estará sendo atirada com um propósito.

A Terra e a Vida Ajustam-se
É bem sabido que os seres vivos são constituídos de tal maneira que se ajustam perfeitamente ao seu modo de vida. Assim, as aves aquáticas têm pés membranosos, as aves de água rasa têm pernas e bicos compridos; as plantas têm folhas em que a luz solar combina a água e o gás carbônico para formar açucares para utilização da planta.

Os animais que comem folhas e ervas tem estômago e intestinos grandes para conter as grandes quantidades de alimento que têm de comer. Os peixes têm uma forma afilada que os capacita a se deslocar pela água com o mínimo de resistência.

Uma lista bastante extensa dessas estruturas úteis poderia ser compilada. O fato importante é que a Terra apresenta condições que se ajustam a essas estruturas dos seres vivos. O Dr. Henderson já afirmava:

"Em suas características fundamentais, o meio ambiente atual é a habitação mais ajustada possível para a vida. Tal é a tese que o presente trabalho procura defender. Esta não é uma hipótese recente. De forma rudimentar apresenta atrás de si uma longa história, e já era uma doutrina conhecida no inicio do século XIX (1)".

Semelhantemente à pedra atirada na árvore, a Terra foi planejada e construída de tal maneira que pudesse prover à necessidades e requisitos dos seres vivos. Observadores argutos têm atribuído essa correspondência à existência de um propósito no plano do Criador. Entretanto, os que acompanham o pensamento negativista e as dúvidas do século XX, deixam essa crença para trás, preferindo atribuir essa relação de reciprocidade ao acaso.

A Natureza Testifica
Sêneca, preeminente filósofo romano (A.D. 1-65) apresenta esta declaração:
"Todo homem sabe, sem ninguém dizer-lhe, que esta maravilhosa tessitura do universo não persiste sem um Governador, e que uma ordem constante não pode ser o produto do acaso, pois as partes então se desmoronariam. Os movimentos das estrelas, e as suas influências, são comandados por um decreto eterno (2)".

Um contemporâneo de Sêneca, o apóstolo Paulo, escrevendo aos seus concidadãos, faz esta afirmação:
"Porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porquê Deus lhes manifestou. Porquê os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas (3)".

Este método de aprender acerca de Deus a partir das coisas por Ele criadas é chamado de Teologia Natural, e foi muito popular no século XIX. Alguns teólogos dos anos mais recentes não o aprovam, porém suas objeções parecem obscuras. A Teologia Natural tem o valor de chamar a atenção para Deus. Entretanto, como ela nada diz a respeito de Cristo e da redenção por Ele provida, não se deveria estacionar na Teologia Natural, mas sim usá-la como um caminho para o Evangelho.

William Whewell (1794-1866) foi o autor de um dos "Tratados de Bridgewater" intitulado "Astronomy and General Physics Considered with Reference to Natural Theology" (Astronomia e Física Geral consideradas em relação a Teologia Natural), em 1834. Mestre do "Trinity College" por 25 anos, Whewell foi um dos mais poderosos homens de Cambridge durante o período da reforma educacional. ... Recebeu uma medalha da "Royal Society" pelo seu trabalho sobre marés, e deu a Faraday a nomenclatura desejada para seu trabalho sobre eletricidade. Devem se a Whewell termos tais como "anodo", "catodo", "ion", "anion", e "cation"(4).

Água, um fluido singular
O pouco espaço não permite comentar todos os argumentos de Whewell a respeito da existência de um propósito na criação, porém não se pode deixar de mencionar um dos mais destacados, referente à água. A água, como as demais substâncias em geral, expande-se quando aquecida, e contrai-se quando resfriada. Entretanto, ela se afasta deste comportamento, de maneira notável, ao se congelar. A água apresenta a maior densidade (menor volume) a temperatura de 4 ºC. Ao diminuir mais a temperatura a água se expande até que a O ºC ocupa um volume cerca de 1/9 maior, mudando então de estado, de líquido para sólido.

Essa expansão que se dá no congelamento é conhecida nos países frios devido a ruptura de encanamentos e radiadores de automóveis no inverno, parecendo por isso ser inconveniente. Entretanto, para os seres vivos em geral, e indiretamente para o homem, é ela uma vantagem incontestável.

A expansão do gelo faz com que ele possa flutuar em qualquer corpo de água, enquanto que, se fosse obedecida a regra geral da contração no resfriamento, ele se depositaria no fundo do rio ou lago, solidificando em pouco tempo a massa restante.

Embora se conheçam peixes que viveram após terem sido congelados, não suportariam eles um congelamento prolongado, pois sofreriam perda de suas funções vitais.

As massas d'água congeladas derreteriam muito lentamente em conseqüência da camada de água líquida em escoamento sobre o gelo, a qual as protegeria da ação do ar quente. Nos climas temperados não haveria tempo para o derretimento até o fundo, antes de iniciar-se novamente a fase de congelamento no inverno (se a água seguisse a regra geral de expansão).

Tem sido repetida em classe muitas vezes uma demonstração atribuída a Rumford. Insere-se em um tubo de ensaio com água, um pedaço de gelo, mantendo-o no fundo por um suporte qualquer. Então a parte superior do tubo de ensaio é levada a uma chama até que a água da superfície entre em ebulição, enquanto ainda permanece no fundo o pedaço de gelo. Isso é possível porquê a água quando aquecida expande-se, desloca-se para cima e lá permanece.

Essa anomalia da expansão da água ao se congelar sem dúvida impede a extinção de inúmeros habitats aquáticos com suas flora e fauna abundantes. Por outro lado, as perdas ocasionadas pelas rupturas devido ao congelamento podem ser evitadas, porquê o congelamento se dá sempre a temperatura conhecida.

A própria presença da água na Terra é um fato que desperta nossa admiração. Muito tempo antes dos primeiros astronautas desembarcarem na Lua, sabia-se que lá não há água, pois não se observavam nuvens que obscurecessem a sua face, nas observações telescópicas. Fotografias e medidas feitas mostram muito pouco ou nenhum vapor d'água em Marte. Vênus e Mercúrio são demasiado quentes para conter água no estado sólido ou líquido. Júpiter, Neptuno e Plutão estão muito distantes para se detectar algo com precisão, porém não revelam evidências de abundância de água. A Terra é, assim, singular, por apresentar essa substância tão abundantemente.

Características Físicas da Água
As características físicas e químicas da água fazem-na muito mais útil aos seres vivos do que qualquer outro líquido. Sua constituição é de tal forma que ela dissolve mais substâncias do que qualquer outra, com exceção talvez da amônia. No corpo humano os alimentos se dissolvem no sangue e os detritos na urina. As plantas dissolvem seu alimento na seiva. A água, sendo quimicamente inerte, não altera esses solutos, mas tão somente os transporta.

A água é peculiar também pelo seu elevado calor específico (a quantidade de calor, em calorias, necessária para elevar de um grau centígrado a temperatura de um grama da substância).

Propriedades Adequadas para o Homem
O que esses fatos significam para o ser humano? Um homem pesando oitenta quilos produz em repouso cerca de 2400 calorias diariamente, o que seria suficiente para aumentar de cerca de 30 ºC a temperatura de seu corpo. Na realidade, o calor em excesso é removido pelo sistema termo-regulador do corpo, a menos que o organismo esteja com febre. Essa remoção proporciona não somente conforto, como também constitui um meio de evitar a aceleração das reações químicas.

Esse importante controle térmico é possível porque a água é a principal substância componente do corpo humano, e porque ela apresenta um elevado calor específico. Se o corpo humano fosse constituído preponderantemente por outra substância com calor específico em torno da média das apresentadas na tabela anterior, o calor produzido seria suficiente para aumentar a temperatura de cerca de 100 ºC.

Considere-se ainda o calor latente, que é armazenado e não mensurável pelo aumento de temperatura, ao contrário do calor sensível. Sem dúvida o leitor já observou que ao lavar as mãos, ao tentar enxugá-las abanando-as no ar, sente a sensação de frio.
Quando uma substância se evapora do estado líquido, ou se liquefaz do estado sólido, absorve certa quantidade de calor. Essa mesma quantidade de calor deve ser retirada para o vapor se condensar, ou para o líquido se solidificar.

No início de uma chuva há sempre um aumento de temperatura porque o vapor d'água está se transformando em gotas de chuva liquidas. Da mesma maneira, após a chuva, ao aumentar a evaporação, há uma diminuição da temperatura.

A Tabela seguinte dá os valores do calor latente de evaporação de várias substâncias, em calorias por grama Tem-se aqui a base de um dos mecanismos de resfriamento do corpo humano. O suor espalha-se sobre a pele, e sua evaporação remove o excesso de calor do corpo.

A evaporação da água em lagos e rios remove o calor do ar em suas imediações. Por essa razão as ilhas e penínsulas são livres de calor excessivo, ao mesmo tempo em que o congelamento da água no inverno lhes proporciona algum calor. As propriedades da água são bem adequadas às necessidades dos seres vivos (6).

Adequação da Atmosfera
Dos fatos anteriores não somente se vê que os seres vivos apresentam necessidades, como também se torna evidente a notável verdade de que o meio ambiente é formado de maneira tal que supre essas necessidades. Como se sabe, o ar é admiravelmente ajustado para os seres vivos.

Atente-se para o que poderia parecer acaso. Há enxofre no solo e nos alimentos tais como ovos, porém não na atmosfera, exceto nas imediações de vulcões e das indústrias químicas estabelecidas pelo homem.

Deveríamos ser gratos pela ausência dos compostos de enxofre tais como o gás sulfídrico (o mal cheiroso gás característico de ovos podres) e o bióxido de enxofre, usado para matar bactérias e insetos.

Um vizinho do autor contraiu uma enfermidade contagiosa e foi aconselhado a fumigar suas roupas após ter-se recuperado. Decidiu-se ele então a fumigar-se, simultaneamente. Empunhando uma barra de enxofre entrou em uma caixa de piano vazia, fechou a tampa e começou a queimar o enxofre - mas teve de sair mais rápido do que entrou! É simplesmente o acaso que conserva o enxofre no solo e não nos pulmões dos seres humanos?

Considere-se o importante gás, o oxigênio, que constitui cerca de 20% da atmosfera e é essencial a vida do homem e dos animais. Teria sido possível a sua combinação com outras substâncias, não houvesse um planejamento na criação da Terra. Ele poderia ter-se combinado com hidrogênio para formar água, ou com silício para formar areia. Há quem diga que isso foi o que se passou, e que o oxigênio existente na atmosfera proveio de diatomáceas e outras plantas do oceano. Porém, mesmo nessas condições não deixariam de existir evidências de um propósito.
As plantas foram formadas com a capacidade de liberar oxigênio, não para o seu próprio beneficio, mas para o incontável beneficio da humanidade e dos animais em geral. E realmente difícil descartar-se da existência de um propósito ao se considerar a existência do oxigênio em estado livre.

O bióxido de carbono é necessário para a construção das raízes, caule e folhas, enquanto que o monóxido de carbono é um gás venenoso não encontrado normalmente na atmosfera, mas só nos gases de escapamento dos motores de combustão interna. O bióxido de carbono é um constituinte normal da atmosfera, sendo expirado pelos animais e homens, e absorvido pelas plantas para tornar possível seu crescimento.

O hidrogênio, um dos elementos que compõem a água, não se encontra em estado livre na atmosfera. Se o fosse, unir-se-ia com o oxigênio com grande ruído, à simples ação de uma chama, conforme costumeiramente mostrado nos laboratórios de química.

Amônia é outro gás que a infinita Sabedoria excluiu da atmosfera.

O planejamento não pode ser excluído
Há pessoas que, não aceitando o propósito divino como explicação para a vida, preferem aceitar a possibilidade de transformação de um pedaço qualquer de matéria inerte em um ser vivente. Ressaltam que, dado tempo suficiente, pode ocorrer o evento improvável. Assim, o acaso produziu todos os tipos de plantas e animais, tendo permanecido os que se adaptaram, e sendo extintos os demais.

Se tal processo tivesse ocorrido, os fósseis que fossem encontrados seriam tipos bizarros, sem relação alguma com o seu meio ambiente. Porém, longe de serem criaturas não adaptadas, produtos do acaso, foram eles de mesmo tipo que os seres vivos atualmente, podendo ser classificados nos fila das criaturas vivas atuais. Tais hipóteses são claramente ad-hoc, feitas para evitar o reconhecimento da criação divina.

Entretanto, mesmo que a seleção natural tivesse sido inteiramente eficaz, não poderia ela explicar a adequabilidade do meio ambiente. Os seres vivos e o meio ambiente ajustam-se perfeitamente como peças de um quebra-cabeças. O acaso poderia ter produzido uma Terra que fosse adequada sob um determinado aspecto, porém somente o próprio Deus poderia planejar a Terra como ela realmente é, ou foi, antes da queda.

Referências
(l) Henderson, J. Lawrence. 1913. The fitness of the environment. Beacon Press edition, 1958, Boston, p. v.
(2) Museum of Antiquity, p. 826.
(3) Romans 1:19, 20, New English Version.
(4) Butts, R. E. 1970. Wm. Whewell's theory of the scientific method. Review in Science, 168:1195, 5 June.
(5) Henderson, Op. cit., p. 7.

(6) Não obstante suas excelentes observações, Henderson não atentou para a adequação do ambiente. Ele procurou uma explicação mecanicista.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Devemos seguir nosso coração?


Nós devemos seguir nosso coração:
Ec 11:9 - "Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e alegre-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas essas coisas te trará Deus a juízo".

Nós não devemos seguir nosso coração:
Nm 15:39 - "E nas franjas vos estará, para que o vejais, e vos lembreis de todos os mandamentos do SENHOR, e os façais; e não seguireis após o vosso coração, nem após os vossos olhos, após os quais andais adulterando."

Descontradizendo:

Leiamos a parte final de Ec 11:9 - "...sabe, porém, que por todas essas coisas te trará Deus a juízo".

É tão difícil assim perceber que se trata de um jogo de palavras? Uma “ironia”?

O que o autor está dizendo é justamente o contrário de confiar no coração. Ele está dizendo:
"- Olha, vai e faça tudo o que o teu coração desejar. Saiba porém, que de tudo o que fizerdes, darás conta para Deus".

O "segue" aqui, não é uma ordenança, e sim apenas uma liberação do tipo:
"- Quer fazer o que o teu coração deseja? Então faça, porém, saiba que um dia terás que prestar contas à Deus".


Pipe

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Onde Arão morreu?

Arão morreu no Monte Hor:
Nm 20:27-28 - Fez, pois, Moisés como o SENHOR lhe ordenara; porque subiram ao monte Hor perante os olhos de toda a congregação. E Moisés despiu a Arão as vestes e as vestiu a Eleazar, seu filho; e morreu Arão ali sobre o cume do monte; e desceram Moisés e Eleazar do monte.

33:38 - Então, Arão, o sacerdote, subiu ao monte Hor, conforme o mandado do SENHOR; e morreu ali, no quinto mês do ano quadragésimo da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no primeiro dia do mês.

Arão morreu em Mosera:
Dt 10:6 - E partiram os filhos de Israel de Beerote-Benê-Jaacã a Mosera. Ali, faleceu Arão e ali foi sepultado. E Eleazar, seu filho, administrou o sacerdócio em seu lugar.
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Descontradizendo:
Segundo o Novo Dicionário da Bíblia, organizado por J. D. Douglas, pela editora Vida Nova:
Moserote ou Mosera:
"Esse nome, que significa ´castigo (s)`, é aplicado ao lugar, ou antes, ao acontecimento da morte de Arão, que se verificou no monte Hor (Nm 20:23-29). Seu falecimento foi reputado como castigo por causa da transgressão em Meribá (Nm 20:24; Dt 32:51). Arão faleceu no monte, o povo se acampou abaixo e lamentou, e o incidente e o local do acampamento foram chamados de Moserote (Nm 33:31; Dt 10:6). O falecimento de seu irmão, e o fato dele mesmo haver sido excluído da terra, pesou dolorosamente sobre o coração de Moisés (Dt 1:37; 3:23-27)".

Segundo Gleason Archer (Encicloédia de temas bíblicos, ed. Vida):
"É muito provável que Moserá fosse o local do distrito em que se localizava o monte Hor, assim como Horebe era o nome da cordilheira em que se inseria o monte Sinai".

Segundo o Dicionário e Enciclopédia Bíblica:
"Um local onde os israelitas acamparam durante as suas vagueações no deserto e perto do qual Aarão morreu (Dt 10:6); não identificado. Em Nm 33:37, 38 declara-se que Aarão morreu no Monte Hor; por isso, Moserá situar-se-ia, evidentemente, junto a esta montanha. Moserá tem sido identificada com a Moserote (Heb. Moserôth) dos vers. Nm 33:30, 31".

Conclusão:
O monte Hor foi o local exato onde Arão faleceu. E, Mosera era o nome da região perto de onde Arão faleceu.

O texto em Dt indicando que Arão morreu em Mosera não está negando que Arão morreu e foi sepultado no monte Hor, pois Moserá estendia seus limites territoriais até o monte Hor. E como Mosera se definia como o nome de uma região toda e não um local específico como no caso do monte Hor, não há nenhuma contradição evidente.

Haveria uma contradição se os textos dessem o nome de outro monte e não de uma região inteira.


Pipe

sábado, 5 de dezembro de 2015

Pesquisa de Mark Regnerus ainda assusta gayzistas

markregnerusGayzistas parecem obcecados com um estudo de ciência social que vai contra eles. Eles dizem que a pesquisa não é importante, mas não conseguem parar de falar sobre ela.
Um tsunami de protestos e ataques pessoais o tragou. Sua universidade e a revista em que ele publicou suas descobertas investigaram a pesquisa e o inocentaram de qualquer suspeita. Mesmo assim, os ataques contra ele e aqueles que usam sua pesquisa continuam.
A Dra. Susan Yoshihara, diretora de pesquisas de C-FAM, usou o estudo de Regnerus diante da Assembleia Legislativa de Rhode Island e foi atacada por inspetores políticos que afirmam que parte do testemunho dela era falso. Yoshihara contestou a opinião que afirma não fazer diferença se a criança é criada por pais gays ou biológicos. Ela disse que tais alegações foram “despedaçadas pelas melhores pesquisas de ciência social mais recentes.”
Yoshihara também apontou para um estudo que desafia as alegações da ciência social de que a orientação sexual dos pais não faz nenhuma diferença. Loren Marks da LSU analisou 59 estudos usados para fazer essa alegação e constatou que todos eles tinham deficiências científicas.
Politifact, que se considera um grupo que defende a verdade política, condenou a afirmação de Yoshihara como falsa. Yoshihara, porém, diz que o próprio artigo do Politifact apoiou sua afirmação quando citaram um “acadêmico prudente” que disse que a questão não está decidida na literatura científica, que era a afirmação de Yoshihara em primeiro lugar.
O estudo de Regnerus apareceu de novo nesta semana nas páginas do New York Times. Bill Keller, ex-editor-executivo do Times, disse: “O estudo foi praticamente demolido pelos colegas.”
E o Huffington Post entrou na questão de Regnurus nesta semana ao relatar que ele teve treinamento midiático antes que seu estudo fosse divulgado no ano passado e ele recebeu dinheiro para seu estudo de uma fundação conservadora e tinha palestrado para grupos conservadores.
O Huffington Post também apontou para o fato que Regnerus assinou um depoimento amicus curiaeapresentado ao Supremo Tribunal em suas deliberações sobre casamento de mesmo sexo. Eles chamaram o dele de “pouco notado,” embora dos aproximadamente 50 depoimentos de ambos os lados esse foi um dos únicos debatidos durante os argumentos orais.
Yoshihara disse que ela trouxe o estudo de Mark Regnerus para a Assembleia Legislativa de Rhode Island porque em audiências semelhantes, no ano passado, o presidente do comitê insistiu em que não havia nenhuma literatura “com revisão de colegas especialistas” refutando a alegação de que “o estudo não faz diferença.” O estudo de Regnerus rebate cientificamente a afirmação e foi revisado por outros especialistas, o que parece ter assustado o New York Times, Politifact, o Huffington Post e muitos outros defensores do casamento homossexual.
Publicado no ‘Friday Fax’ do C-FAM.

Tradução: Julio Severo

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

De onde veio a areia?


por Raúl Esperante

"Quando visitamos as formações geológicas dos estados de Utah, Arizona e Nevada, nos Estados Unidos, recebemos o impacto da grande quantidade de erosão que se observa na paisagem que está marcada por elevadas escarpas e profundos cânions escavados pela água. Talvez a paisagem mais impressionante para visitar seja o Grand Canyon, do Rio Colorado, que se estende ao longo de uns 450 km ao norte do Arizona. A erosão removeu centenas de quilômetros cúbicos de sedimentos de camadas sedimentares até uma profundidade de mais de 1.300 metros em algumas zonas, e dezenas de quilômetros de ambos os lados do rio atual.
No entanto, a paisagem está constituída por camadas sedimentares que ainda se observam e que não foram removidas, e se estendem horizontalmente por uns 350.000 km2, no que os geólogos chamam de Bacia do Colorado. Estas rochas sedimentares estão compostas de areia, conglomerado e argila principalmente, assim como por algumas camadas de calcáreo.

A origem de toda esta areia e argila tem sido, até agora, um mistério para os geólogos, e qualquer hipótese que se proponha é aceita como plausível somente devido a não haver como comprová-la.

A maioria dos pesquisadores tem aceito até agora que os sedimentos procederam da lenta erosão das Montanhas Rochosas, que se encontram a leste da Bacia do Colorado. No entanto, esta idéia tem sido desafiada por dois pesquisadores, Dickinson e Gehrels (1), da Universidade do Arizona, que propuseram que a metade da quantidade das areias que formam a Bacia do Colorado procedeu dos Montes Apalaches, que estão a leste dos Estados Unidos. Estes pesquisadores sugerem que grandes rios levaram a areia desde os Montes Apalaches depositando-a em bacias continentais no que hoje é o estado de Wyoming, sendo arrastadas por fortes ventos que as depositaram em campos de dunas. Os autores chegaram a esta conclusão depois de calcular a idade radioativa dos minerais de Zircônio (ricos em Urânio) presentes na areia das camadas sedimentares. Estes resultados enfrentam, no entanto, um grande problema: não há nem rastro dos rios que pudessem ter levado os sedimentos de um lado do continente americano (Montes Apalaches) a outro (Wyoming).

Os pesquisadores também sugerem que o resto da areia procede das Montanhas Rochosas e do interior do Canadá.

A origem do cânion do Colorado é um grande mistério que confunde aos geólogos, pois tanto o volume de sedimento depositado como o que foi subseqüentemente erodido, é muito grande para ser entendido à luz dos fenômenos geológicos atuais. Alguns geólogos sinalizam que o conjunto de camadas sedimentares da Bacia do Colorado e do Grand Canyon indica que o “presente não é a chave para interpretar o passado”.

A hipótese apresentada por Dickinson e Gehrels é bastante plausível e tem recebido uma acolhida aceitável na comunidade científica geológica. Provavelmente, os cientistas criacionistas encontrem nesta hipótese apoio para um modelo diluvialista da deposição das extensas camadas de sedimentos na Bacia do Colorado durante as primeiras etapas do dilúvio do Gênesis, nas quais grandes massas de água puderam arrastar, de maneira catastrófica, enormes volumes de argila e areia de um extremo continental a outro. A regressão posterior das águas, possivelmente também catastrófica, teria escavado as profundas gargantas que formam o Grand Canyon e as paisagens semelhantes.

Referência:

1. Dickinson W.R., Gehrels G.E. 2003. U-Pb ages of detrital zircons from Permian and Jurassic eolian sandstones of the Colorado Plateau, USA: paleographic implications. Sedimentary Geology, publicado online, doi:10.1019/S00370738(3)00158-1(2003).