quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Homossexualismo e homossexualidade
Armand M. Nicholi Jr
Ultimato procurava um texto sério sobre a questão da
homossexualidade, escrito por uma autoridade no assunto, e encontrou o verbete
“Homossexualismo e Homossexualidade” noBaker’s Dictionary of Christian Ethics,
publicado em 1973 pelo conhecido editor Carl F. Henry, em Grands Rapids, nos
Estados Unidos. O autor do verbete é o psiquiatra Armand M. Nicholi, durante
muito tempo professor da Escola de Medicina de Harvard e do Hospital Geral de
Massachusetts, e consultor de Grupos do Governo e atletas profissionais.
Nicholi é autor da obra-prima Deus em Questão — C.S. Lewis e Freud debatem
Deus, amor, sexo e o sentido da vida, publicado no Brasil pela Editora
Ultimato.
O termo homossexualismo refere-se à atividade sexual praticada
entre pessoas do mesmo sexo. Especialistas concordam acerca do significado de
“comportamento homossexual”, mas têm dificuldades em chegar a uma definição
clara do que é ser homossexual. Alguns descrevem o homossexual com base na
prática do homossexualismo, enquanto outros o fazem considerando a atração
preferencial por pessoas do mesmo sexo. Uma pessoa pode sentir desejos
homossexuais intensos sem nunca praticar o homossexualismo, enquanto há quem
opte pela atividade mesmo quando a preferência é fortemente dirigida para o
sexo oposto. Neste último caso, circunstâncias como a influência do alcoolismo
ou confinamento em prisões podem precipitar a ocorrência de experiências
homossexuais. O termo bissexual refere-se a indivíduos que praticam atividades
tanto homo quanto heterossexuais, podendo haver predominância de uma dessas
práticas.
Independentemente do como se conceitue homossexualidade, não há
uma forma precisa de determinar sua prevalência. Alguns poucos estudos indicam
que cerca de 4 a 5 % da população branca masculina conservam-se exclusivamente
homossexual após a adolescência, enquanto entre 10 e 20 % mantêm relações
regularmente com indivíduos de ambos os sexos. Pesquisas desenvolvidas com
militares na Segunda Guerra Mundial revelaram que 1% dos homens em serviço eram
homossexuais, estimando-se que idêntico percentual constituía-se de casos não
detectados, isto é, 2% no total. Seja como for, as estatísticas revelam que o
homossexualismo é pouco comum.
A história registra a homossexualidade em muitas civilizações
antigas. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamentos mencionam essa prática e são
fortemente explícitos em proibi-las. Algumas civilizações — por exemplo, os
antigos gregos — aparentemente aceitavam a prática do homossexualismo com pouca
ou nenhuma desaprovação. Ainda que a maioria das culturas em nossos dias lide
com essa questão, em certos grupos sociais não se encontraram nem sequer
indícios de homossexualismo.
A causa da homossexualidade não está claramente identificada. As
diversas teorias podem ser agrupadas em razão de apontar para um dos dois
grupos gerais de causas: genéticas e psicogênicas.
O primeiro grupo, de causas “genéticas”, postula que um
indivíduo pode herdar a predisposição para a homossexualidade. As teorias
reunidas nesse grupo apontam para evidências obtidas em estudos com gêmeos, os
quais revelam que a incidência de homossexualismo entre gêmeos idênticos é
expressivamente maior do que em gêmeos não-idênticos.
Já o segundo grupo de teorias, chamado “psicogênico”, afirma que
a identidade sexual é determinada pelo ambiente familiar e outros fatores do
meio em que uma pessoa vive. Neste caso, as teorias apontam para a existência
de denominadores comuns entre famílias de diversos homossexuais.
Pesquisas recentes indicam que as famílias mais propensas a
gerar um rapaz homossexual são aquelas em que a mãe é muito íntima do filho,
possessiva e dominante, enquanto o pai é desligado e hostil. São mães com
tendência ao puritanismo, sexualmente frígidas e determinadas a desenvolver uma
espécie de aliança com o filho contra o pai, a quem ela humilha. O filho
torna-se excessivamente submisso à mãe, volta-se a ela em busca de proteção e
fica ao seu lado em disputas contra o pai. Pais de homossexuais são
freqüentemente distantes, não demonstrando entusiasmo ou afeição, e criticam os
filhos. Sua tendência é menosprezar e humilhar o filho, dedicando-lhe muito
pouco de seu tempo. O filho reage com medo, aversão e falta de respeito. Alguns
estudiosos consideram que a relação entre pai e filho parece ser mais decisiva
na formação da identidade sexual do jovem do que o relacionamento deste com sua
mãe. Tais pesquisadores chegam a afirmar não ser possível uma criança se tornar
homossexual se seu pai for carinhoso e amoroso.
Em alguns homossexuais é o medo do sexo oposto que parece ser o
fator dominante, não a atração profunda por alguém do mesmo sexo. Uma vez
resolvido esse medo com terapia, a heterossexualidade prevalece. Estudos
recentes têm demonstrado, ainda, que a sedução por outros homossexuais —
especialmente outros rapazes — não parece ser um fator relevante.
A chamada “homossexualidade latente” refere-se a conflitos
emocionais similares aos da forma “aparente”, mas sem consciência do fato ou
sem expressão pública dos conflitos.
Lesbianismo é o termo que se aplica à homossexualidade feminina.
Como no caso do homossexualismo masculino, sua prevalência é desconhecida.
Também neste caso a questão familiar desempenha um papel muito importante.
Pesquisas demonstram que muitas mães de mulheres lésbicas tendem a ser hostis e
competitivas com suas filhas, sendo muito ligadas aos filhos homens e ao pai.
Além disso, os pais de mulheres homossexuais raramente desempenham um papel
dominante na família e dificilmente mostram-se afeiçoados às filhas.
Tanto homens quanto mulheres homossexuais tendem ao isolamento e
mostram dificuldade em fazer amizades, mesmo quando crianças. Na adolescência e
na idade adulta eles raramente marcam encontros. A maioria dos homossexuais
torna-se consciente de sua homossexualidade antes dos dezesseis anos — alguns
até antes dos dez anos. Eles costumam optar pela vida em cidades grandes para
aí formar seus próprios grupos sociais com regras, modo de vestir e linguagem
próprios. Recentemente, tem-se observado o surgimento de organizações para
melhorar a imagem do homossexual, as quais costumam negar que o homossexualismo
seja um distúrbio ou anormalidade.
Leigos freqüentemente questionam se a homossexualidade deveria
ser considerada uma doença ou um pecado. Uma coisa não exclui a outra. Pessoas
cuja fé se baseia na Bíblia não podem duvidar que as claras proibições do
comportamento homossexual façam dessa prática uma transgressão da lei divina.
Por outro lado, há que se considerar a preponderância de opiniões de
especialistas a apontar o homossexualismo como uma forma de psicopatologia que
requer intervenção médica.
Muitos, em nossa sociedade moderna, negam a condição patológica
do homossexualismo, recusam-se a considerar a existência de implicações de
ordem moral e vêem a prática homossexual apenas como uma forma de expressão diferente
do padrão de comportamento sexual da maioria da população. Assim, tais pessoas
não apenas desencorajam a busca por ajuda como contribuem para que o
homossexual se conforme com uma vida cada vez mais isolada e frustrante,
independente de quão permissiva e condescendente nossa sociedade se torne.
Outra questão bastante levantada diz respeito à atitude da
igreja em relação a homossexuais. Tais indivíduos se deparam com ouvidos
insensíveis e portas fechadas na comunidade cristã. Essa reação intensifica os
sentimentos de angústia e de solidão profunda, o completo desânimo que os
assusta e, com freqüência, leva ao suicídio. Cristo, enquanto se opunha
vigorosamente à doença e ao pecado, buscava doentes e pecadores com compreensão
e misericórdia. A igreja erra quando se permite fazer menos.
A grande cobertura que a mídia faz do homossexualismo, resultado
da recente atividade de organizações de homossexuais, tem tornado a
homossexualidade mais aceitável como tópico de discussão. Dessa forma, a igreja
sem dúvida tomará consciência do problema acontecendo com alguns de seus
membros. Isto não deve surpreender, pelo menos por duas razões. Em primeiro
lugar, o sentimento de solidão, a necessidade de contato humano e a imagem de
si próprio como um desajustado levam o homossexual a ver a comunidade cristã
como um refúgio e uma possível fonte de conforto. A outra razão está na frieza
e rejeição, comuns no ambiente familiar, provocando ânsia por uma figura de pai
amoroso, cálido e compassivo. É fácil entender como o cristianismo pode ser
atraente, especialmente para suprir esta necessidade emocional.
Várias formas de psicoterapia têm sido usadas no tratamento de
homossexuais, com diferentes níveis de sucesso. Como em qualquer tratamento
psicoterápico, os resultados dependem de fatores múltiplos, com ênfase na
motivação do paciente. Pessoas homossexuais tendem a ser desmotivadas, o que
seja talvez um dos maiores desafios para o terapeuta. A experiência clínica tem
mostrado que a motivação para mudar e a consciência do erro são essenciais para
aumentar significativamente a expectativa de um tratamento bem-sucedido.
Nota * Traduzido, com permissão de Baker Academic, uma divisão
da Baker Publishing Group (www.BakerPublishingGroup.com), por Raquel
Monteiro Cordeiro de Azeredo.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Complexidade Genética
Publicações Recentes Desafiam a Posição Darwiniana
e Apoiam a Posição Criacionista com um Design Inteligente.
Os vários estudos genéticos têm avançado em muito o
nosso conhecimento sobre a vida.
Neste mês de maio de 2006, o cromossomo número 1 do
genoma humano (o maior de todos) teve o seu sequenciamento finalizado. Foram
dez anos de trabalho.
O conhecimento do material genético tem trazido
novamente à tona um antigo problema encontrado pela ciência: a origem da
complexidade genética.
Várias publicações recentes têm desafiado o
posicionamento evolucionista com evidências relevantes. Citaremos aqui apenas
algumas.
Evolução
rápida:
Muitos genes humanos, segundo um artigo do New
Scientist, devem ter evoluído nestes últimos 15.000 anos. Cerca de 700 genes
estudados, segundo os pesquisadores, foram alvo da seleção natural, na linhagem
humana, principalmente os envolvidos no metabolismo de carboidratos. Esta
“evolução rápida” está ligada a ideia de adaptação.
Complexidade
Transcrita:
A publicação PLoS Genetics (Public Library of
Science) trouxe um artigo especial sobre os transcriptomos (conjunto de
moléculas mRNA numa única ou numa população de células biológicas para um
conjunto de circunstâncias ambientais, podendo variar de acordo com o contexto
do experimento).
Após o genoma humano ter sido decifrado, os
cientistas ficaram perplexos pela pequena quantidade de genes – aproximadamente
30.000. O que isto indica é que uma grande quantidade de genes pode ser
arranjada e rearranjada de muitas formas modulares, por meio de um splicing
genético alternativo, produzindo muitas proteínas variantes por meio de um
único gene. Tudo indica que um novo mundo de complexidade ainda maior que a
previamente conhecida está vindo à tona. Tanto é verdade que a chamado do
artigo aparece da seguinte forma:
“Além de
revelar uma complexidade estarrecedora, análise desta coleção tem produzido um
número cada vez maior de novas classes de mRNA, pseudogenes expressos, e genes
de proteínas codificantes com variantes não codificantes. Ainda, novas classes
de lógica regulatória têm surgido, incluindo mecanismos sense-antisense de
regulagem através do RNA. Esta coleção de alta resolução cDNA e sua análise,
representam recursos mundiais importantes para descobertas, e demonstram o
valor do acesso em larga escala dos transcriptomos através do conhecimento das
funções genômicas.”
Quem Regula
os Reguladores?
Em artigo publicado na revista Nature (23 de Março
de 2006), trata dos caminhos importantes que controlam o destino dos
transcriptos de RNA dos genes. O mecanismo descrito no artigo revela um alto
nível de complexidade que vai além da informação contida nos próprios genes,
tal como os pontos de verificação do tipo “go/no-go”.
David Tollervey escreve:
“As células
alteram suas taxas de transcrição de mRNA para alterar os níveis do mRNA, e
portanto, proporção da síntese de proteínas, em resposta a muitos estímulos.
Para ajustar os níveis de mRNA, as células devem ser capazes de se desfazer
rapidamente de mRNAs normais, os quais foram previamente sintetizados
(turnover). De fato, diferentes mRNAs divergem radicalmente em suas proporções
de degradação, sendo isto sujeito tanto ao metabolismo quanto a regulagem
progressiva. Ainda, as células devem se guardar das sínteses de mRNAs anormais
(surveillance), as quais podem produzir produtos protêicos deficientes,
potencialmente tóxicos”.
Trabalho
Circular (Ring Job):
As cópias produzidas durante a divisão celular
devem ser precisas. Muitas partes das proteínas cooperam para garantir altos
níveis de controle de qualidade. A publicação Nature (23 de Março de 2006)
trata da descoberta de um anel que desliza ao longo de microtubos no importante
estágio da separação dos cromossomos emparelhados.
Revisão de
Alta Fidelidade:
Em artigo publicado em Current Biology (T. Albertson
e B. Preston, DNA Replication Fidelity: Proofreading in Trans., Current
Biology, Vol 16, Issue 6, p R209-R211) tratam do processo de controle de
qualidade das cópias realizado pelo DNA.
“Revisão é o tutor principal da fidelidade da
polimerase do DNA. Novas pesquisas têm revelado que polimerases com atividade intrínseca
de revisão pode cooperar com polimerases sem-revisão para garantir uma
replicação fiel do DNA.”
Isto significa que algumas polimerases (copiadoras)
possuem uma fidelidade maior que as outras, mas cooperam para garantir a
precisão do produto. Quão bom é o sistema? Maior que qualquer copista humano (e
isto por ordens de magnitude).
“Células
normais replicam o seu DNA com uma fidelidade impressionante, acumulando menos
que uma mutação por genoma por divisão celular. Tem sido calculado que nas
polimerases replicativas do DNA produzem um erro para cada 104 a 105
nucleotídeos polimerizados. Portanto, cada vez que a célula de um mamífero se
divide, aproximadamente 100.000 erros de polimerase ocorrem, e estes devem ser
corrigidos o mais próximo possível dos 100% de eficiência, a fim de evitar
mutações deletérias. Isto é realizado através de ações combinadas da... revisão
exonucleolítica e do sistema de reparo pós-replicação atavés de comparação de
diferenças.”
Programação
Modular:
Em artigo publicado pela Nature (30 de Março de
2006), 37 cientistas europeus encontraram no fermento um exemplo de programação
modular estranho.
A máquina celular agrega partes de proteínas
celulares em 491 complexos, dos quais 257 são novos, que combinam
diferencialmente com proteínas anexadas adicionalmente ou módulos proteicos que
possibilitam a diversificação de funções potenciais. Apoio para esta
organização modular do proteoma vem da integração com dados disponíveis em
expressão, localização, função, conservação evolucionária, estrutura proteica e
interações binárias.
A pergunta que persiste é: O que seria necessário
para modular 257 novas proteínas e 491 complexos, todos precisamente regulados?
A expressão usada no artigo “conservação evolucionária” (evolutionary
conservation) significa “que não houve evolução”.
A Conclusão:
Em artigo publicado na revista Nature (30 de Março
de 2006), Embley e Martin traçam algumas conclusões surpreendentes quanto a
proposta simplista sobre um antigo procariote ter evoluído num eucariote:
“A ideia que alguns eucariotes primitivos não possuíam
mitocôndrias e que foram assim verdadeiros intermediários na transição
procariote-eucariote foi uma prospectiva fascinante. Produziu inúmeros avanços
para a compreensão de eucariotes anaeróbicos e parasitários e aqueles cuja
mitocôndria havia sido previamente ignorada. Contudo a distância evolutiva
entre procariotes e eucariotes é agora mais profunda, e a natureza da grande
quantidade de organismos que adquiriu a mitocôndria, ainda mais obscuro de que
nunca antes.”
Pelo que tudo indica, mitocôndria não foi algo
adquirido com o passar do tempo, mas sim um resultado direto de uma criação com
um design inteligente.
domingo, 27 de dezembro de 2015
sábado, 26 de dezembro de 2015
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Data Recente da Radiação de Fundo Apoia Cosmologias Criacionistas
Em 1965, Arno Penzia e Robert Wilson descobriram a
radiação de fundo (Cosmic Microwave Background – CMB como é conhecida), com uma
variação de intensidade menor que 10% em todas as direções. Medições desta
radiação foram feitas pelos satélites COBE (Cosmic Background Explorer –
lançado em 1989) e WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropic Probe – lançado em
2001).
Medições mais precisas foram realizadas através de
um telescópio de micro-ondas a 38km de altitude sobre a Antártica, chamado
BOOMERanG (Balloon Observation Of Millimetric Extragalatic Radiation ANd
Geomagnetics – lançado em 2003).
A energia da CMB pode ser descrita em termos de
temperatura de um corpo negro. Estudos que se iniciaram na década de 70,
mostram uma temperatura equivalente de 2,73K. Uma das descobertas recentes mais
interessante é que a CMB parece indicar um plano de referência preferencial, o
que não é inconsistente com o princípio da relatividade (o princípio da
relatividade diz não haver um plano de referência preferencial no sentido de
como as leis da física atuam). Um observador num plano de referência inerte não
seria capaz de distinguir nenhuma evidência sobre o seu movimento exceto se
compará-lo com um plano de referência preferencial.
As maiores diferenças de temperatura observadas
(anisotropia da radiação de fundo) estão relacionadas com o movimento da Terra
em relação a este plano de referência preferencial, que age como um observador
em movimento acoplado. Este movimento foi medido como uma velocidade de 370
km/s em direção a Leo, e o da nossa galáxia a cerca de 600 km/s com respeito a
este plano de referência. Estas observações são consistentes com os modelos
relativísticos criacionistas de Humphreys e Gentry, os quais explicam o estado
atual do universo dentro de um quadro de tempo criacionista. Todavia, estas
observações são inconsistentes com toda a cosmologia do big bang.
Por exemplo, nas cosmologias criacionistas a
distribuição de matéria é proposta como limitada, ao passo que o espaço pode ou
não estar limitado. O próprio desvio da luz para o vermelho, também, pode
mostrar que nós estamos num plano de referência preferencial.
Uma das implicações desta descoberta é que o
universo pode ter um centro (devido a polarização da radiação de fundo).
domingo, 20 de dezembro de 2015
sábado, 19 de dezembro de 2015
A. J. (Monty) White: Uniformismo
As leis físicas da natureza, como por exemplo as
leis da gravidade, da termodinâmica, e do movimento, são ensinadas com a
inferência de que elas sempre estiveram e sempre continuarão a estar em ação.
Semelhantemente, com as grandezas físicas (tais
como a velocidade da luz, a intensidade das ligações químicas, as propriedades
físicas e químicas das substâncias), há de novo essa inferência de que os
valores e as propriedades determinados atualmente são os mesmos que teriam sido
determinados em qualquer tempo, quer no passado, quer no futuro.
Essa inferência, contudo, é verdadeira somente para
o período de tempo que decorre desde a Criação pelo onipotente Criador até o
dia em que “os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se
desfarão abrasados e a Terra e as obras que nela existem serão atingidas” (1).
Além disso, a palavra de Deus relata que Deus “é
antes de todas as coisas, nEle tudo subsiste” (2).
De fato, porque Deus é imutável (3), não é
irrazoável deduzir que a maioria das leis que regem a Ciência, bem como as
propriedades físicas e químicas da matéria, não se têm alterado desde a
Criação, e não se alterarão até a “destruição”. Deve, entretanto, ser notado
que certas propriedades mensuráveis não são constantes, o seu valor variando de
ano a ano, como por exemplo a posição na esfera celeste para a qual aponta o
Polo norte (4) e o valor do momento magnético terrestre (5).
É dada pouca consideração, pelos estudantes das
Ciências, à veracidade e/ou às implicações da inferência anterior, porque, de
maneira geral, a Hipótese Uniformista está integrada no todo da Ciência, e é
aceita consciente ou inconscientemente como verdade sem contestação. Essa
hipótese, que foi divulgada por Charles Lyell (1797-1875) no seu famoso livro
“Princípios de Geologia”, pode ser expressa resumidamente como “o presente é a
chave para o passado”.
Pensa-se comumente que essa hipótese é aplicada
somente ao campo da Geologia, onde se ensina que todos os processos geológicos
ora em operação na Terra, estiveram em ação da mesma maneira no passado, ao
longo de períodos de tempo extremamente longos, e que tais processos graduais
são os responsáveis pelo mundo tal qual o vemos hoje, com os seus continentes
de montanhas, vales e estratos fossilíferos. Pode-se ver, entretanto, que a
hipótese do Uniformismo de Lyell está em ação não só no campo da Geologia, como
também em todas as áreas da Ciência.
Referências:
(l) II Pedro 3:10 (Tradução da “Authorized
Version”).
(2) Colossenses 1:17 (Tradução da “The Amplified
Bible”).
(3) Malaquias 3:6.
(4) Moore, Patrick. 1961. Astronomy. Oldbourne,
London, p. 22.
(5) Barnes, Thomas G. 1971. Decay of the earth's
magnetic moment and the geochronological implications, Creation Research
Society Quarterly, 8(1): 24 - 29. June.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
Hitler era Cristão?
Com vergonha do legado assassino dos regimes
comunistas ateus do Século XX, os líderes ateístas buscam empatar o placar com
os crentes ao retratar Adolf Hitler e seu regime nazista como sendo teístas,
mais especificamente Cristãos. Os websitesMein Kampf: “Ao me defender dos
Judeus, defendo o trabalho do Senhor”. O escritor ateu Sam Harris escreve que
“o Holocausto marcou o auge de … 200 anos dos Cristãos fulminando os Judeus”,
ateístas rotineiramente alegam que Hitler era Cristão porque nasceu Católico, nunca
renunciou ao seu Catolicismo e escreveu em portanto, “sabendo disso ou não, os
nazistas eram agentes da religião”.
Quão persuasivas são essas alegações? Hitler nasceu
Católico assim como Stálin nasceu na tradição da Igreja Ortodoxa Russa e Mao
Tsé Tung foi criado como Budista. Esses fatos não provam nada, pois muitas
pessoas rejeitam sua criação religiosa, como esses três fizeram. O historiador
Allan Bullock escreve que desde cedo, Hitler “não tinha tempo algum para os
ensinos do Catolicismo, considerando-o como religião adequada somente para os
escravos e detestando sua ética”.
Então como nós explicamos a alegação de Hitler de
que ao conduzir seu programa anti-semítico estava sendo um instrumento da
providência divina? Durante sua ascensão ao poder, ele precisava do apoio do
povo alemão – tanto os Católicos da Bavária quanto dos Luteranos da Prússia – e
para se assegurar disso ele utilizava retórica do tipo “Estou fazendo o
trabalho do Senhor”. Alegar que essa retórica faz de Hitler um Cristão é
confundir oportunismo político com convicção pessoal. O próprio Hitler diz em
Mein Kampf que seus pronunciamentos públicos deviam ser entendidos como
propaganda, sem relação com a verdade, mas planejados para influenciar as
massas.
A ideia de um Cristo ariano que usa a espada para
purgar os Judeus da Terra – o que os historiadores chamam de “Cristianismo
Ariano” – era obviamente um afastamento radical do entendimento Cristão
tradicional e foi condenado pelo Papa Pio XI no tempo. Além do mais, o
anti-semitismo de Hitler não era religioso, era racial. Os Judeus foram
atacados não por causa de sua religião – aliás, muitos Judeus alemães eram
completamente seculares em seus estilos de vida – mas por causa de sua
identidade racial. Essa era uma designação étnica e não religiosa. O
anti-semitismo de Hitler era secular.
Hitler’s Table Talk [“Conversas informais de
Hitler”, um livro] uma coleção reveladora das opiniões privadas do Führer,
reunida por uma assistente próxima durante os anos de guerra, mostra Hitler
como sendo furiosamente anti-religioso. Ele chamava o Cristianismo de uma das
maiores “calamidades” da história, e disse sobre os alemães: “Vamos ser as
únicas pessoas imunizadas contra essa doença”. Ele prometeu que “por intermédio
dos camponeses seremos capazes de destruir o Cristianismo”. Na verdade, ele
culpava os Judeus pela invenção do Cristianismo e também condenou o
Cristianismo por sua oposição à evolução.
Hitler guardava um desdém especial pelos valores
Cristãos da igualdade e compaixão, os quais ele identificou com a fraqueza. Os
principais conselheiros de Hitler, como Goebbels, Himmler, Heydrich e Bormann
eram ateus que odiavam a religião e buscavam erradicar sua influência da
Alemanha.
Em sua História em vários volumes do Terceiro
Reich, o historiador Richard Evans escreve que “os nazistas consideravam as
igrejas como sendo os reservatórios mais fortes da oposição ideológica aos
princípios nos quais eles acreditavam”. Quando Hitler e os nazistas chegaram ao
poder lançaram uma iniciativa cruel para subjugar e enfraquecer as Igrejas
Cristãs na Alemanha. Evans aponta que após 1937, as políticas do governo de
Hitler se tornaram progressivamente anti-religiosas.
Os nazistas pararam de celebrar o Natal, e a
Juventude de Hitler recitou uma oração agradecendo ao Fuhrer, ao invés de Deus,
por suas bênçãos. Aos clérigos considerados como “problemáticos” era ordenado
que não pregassem, centenas deles foram aprisionados e muitos foram
simplesmente assassinados. As Igrejas estavam constantemente sob a vigilância
da Gestapo. Os nazistas fecharam escolas religiosas, forçaram organizações
Cristãs a se dissolverem, dispensaram servidores civis praticantes do
Cristianismo, confiscaram propriedade da igreja e censuraram jornais
religiosos. O pobre Sam Harris não é capaz de explicar como uma ideologia que
Hitler e seus associados entendiam como uma renúncia ao Cristianismo pode ser
apresentada como o “auge” do Cristianismo.
Se o nazismo representava o auge de algo, era o
auge do Darwinismo social do final do Século XIX e início do XX. Como
documentado pelo historiador Richard Weikart, tanto Hitler quanto Himmler eram
admiradores de Darwin e freqüentemente falavam do papel deles como
promulgadores de uma “lei da natureza” que garantiria a “eliminação dos
ineptos”. Weikart argumenta que o próprio Hitler “construiu sua própria
filosofia racista baseado em grande parte nas idéias do Darwinismo social” e
conclui que embora o Darwinismo não seja uma explicação intelectual
“suficiente” para o nazismo, é uma condição “necessária”. Sem o Darwinismo,
talvez não houvesse nazismo.
Os nazistas também se inspiraram no filósofo
Friedrich Nietzsche, adaptando a filosofia ateísta dele aos seus propósitos
desumanos. A visão de Nietzsche do ubermensch [super-homem] e sua elevação a
uma nova ética “além do bem e do mal” foram adotadas de forma ávida pelos
propagandistas nazistas. A “sede pelo poder” de Nietzsche quase se tornou um
slogan de recrutamento nazista. Em nenhum momento estou sugerindo que Darwin ou
Nietzsche teriam aprovado as ideias de Hitler, mas este e seus comparsas
aprovavam as ideias daqueles.
Então, à montanha de corpos que os regimes
misoteístas [que odeiam Deus] de Stálin, Mao, Pol Pot e outros produziram, nós
devemos adicionar os mortos do regime nazista, também misoteísta. Assim como os
comunistas, os nazistas deliberadamente atacaram os crentes, pois eles queriam
criar um novo homem e uma nova utopia livre das amarras da religião e
moralidade tradicional. Em um artigo anterior eu perguntei qual é a
contribuição do ateísmo para a civilização. Uma resposta àquela questão:
genocídio.
Por: Dinesh d’Souza
Traduzido e adaptado por: Maxiliano Mendes
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
"Razão vs Fé" ou "Razão, por isso, Fé" ?
Contribuição de Evans Roberts:
"Ao se
dizer que algo tem significado, ainda é conferido a esse algo uma certa dose de
independência e autonomia em relação à sua Origem [...]. Contudo, quando se
afirma que as coisas criadas são significado, se está claramente apontando para
o fato de que a diversidade criada pertence a uma estrutura abrangente de
interdependência mútua formando uma totalidade de significado. Esta totalidade
de significado ou unidade de significado, por sua vez, aponta para a sua
Origem, aquele que lhe conferiu significado e a partir de quem esta totalidade
criada deriva seu sentido. Embora todas as coisas sejam entes de significado e
este significado seja irredutível, este significado particular não é suficiente
em si mesmo; cada aspecto da criação aponta para outro, para além de si e, por
último, para aquele que o criou."
CARVALHO, Guilherme Vilela Ribeiro. Sociedade,
Justiça e Política de Cosmovisão Cristã: Uma Introdução ao Pensamento Social de
Herman Dooyeweerd. In: CARVALHO, Guilherme Vilela Ribeiro. (Org.). Cosmovisão
Cristã e Transformação. Viçosa: Ultimato, 2006, p 74.
HERMAN DOOYEWEERD - pai da "filosofia
Reformacional" ou "Filosofia da Ideia Cosmonômica"
"Há
alguns anos atrás, quando comecei a conversar sobre “filosofia reformada” com
alguns colegas, fui surpreendido por um amigo livreiro, ele mesmo amigo de um
filósofo algo instruído em teologia. Segundo o meu amigo, que consultara o tal
filósofo, “essa coisa de filosofia cristã não existe não. Teve a filosofia
cristã católica, que no final não deu certo. Mas filosofia cristã, e calvinista
ainda por cima? Não, isso não existe não. Deve ser teologia travestida de
filosofia”." Guilherme V. R. de Carvalho - Herman Dooyeweerd, Reformador
da Razão.
A Relevância do Teísmo Cristão para a Ciência no
Pensamento de Roy A. Clouser
"O
filósofo americano Roy Clouser desenvolveu recentemente um modelo para explicar
a relação entre a religião e a ciência, a partir de uma crítica interna do
empreendimento científico. Segundo Clouser, todo pensamento teórico depende de
pressuposições a respeito da ordem cósmica cuja natureza é indistinguível de
certos tipos de crença religiosa – aquelas crenças a respeito do que
constituiria o fundamento divino do mundo. A partir da observação da
indistinguibilidade dessas crenças, Clouser sustenta que a ciência tem,
necessariamente, um ponto de partida religioso que condiciona a construção
teórica.
A partir
dessa descoberta, Clouser apresenta a crença teísta cristã clássica como um
ponto de partida viável para o empreendimento científico, e como uma imagem de
mundo superior às imagens não-teístas de mundo, na medida em que estas não
fornecem subsídios suficientes para lidar com o problema do reducionismo
científico e com os impasses teóricos relacionados a ele."
Guilherme V. R. de Carvalho - A Relevância do
Teísmo Cristão para a Ciência no Pensamento de Roy A. Clouser. RESUMO.
Herman Dooyeweerd, ao apresentar sua idéia de
cosmovisão, remonta e aperfeiçoa o que já apresentara Abraham Kuyper.
Já que mencionei Kuyper, é propício lembrar uma de
suas mais conhecidas citações:
"Oh, nem
um único espaço de nosso mundo mental pode ser hermeticamente selado em relação
ao restante, e não há um único centímetro quadrado em todos os domínios da
existência humana sobre o qual Cristo, que é o Soberano sobre tudo, não clame:
é Meu!"
Bratt, James D., Abraham Kuyper: A Centennial
Reader, 1998, p. 488.
.
Herman Dooyeweerd é notório também por sua
resistência incansável a toda e qualquer tentativa de criar uma esfera
intelectual “neutra”, sem influência da fé.
A descoberta de Dooyeweerd, ao mesmo tempo em que o
alinhou com as antropologias e epistemologias de Agostinho, de Calvino e de
Pascal, estabeleceu um poderoso ponto de contato/ fricção com o pensamento
moderno. Contra Kant e o neokantismo, Dooyeweerd localizou o coração humano
como o verdadeiro ponto de partida do pensamento – e não a razão humana – e
mostrou a necessidade de autoconhecimento, por meio do conhecimento de Deus,
para que o homem possa desenvolver um pensamento autenticamente crítico. A
idéia calvinista de norma heteronômica também teve papel importante na rejeição
do autonomismo kantiano.
"Originalmente
eu estive sobre forte influência, primeiramente da filosofia neokantiana, e
depois da fenomenologia de Husserl. A grande virada em meu pensamento foi
marcada pela descoberta da raiz religiosa do próprio pensamento, quando também
uma nova luz foi lançada sobre a derrocada de todas as tentativas, incluindo a
minha própria, de estabelecer uma síntese interna entre a fé Cristã e uma
filosofia que é radicada na fé na auto-suficiência da razão humana. Eu vim a
compreender o significado central do “coração”, proclamado raiz moral da
existência humana. Na base deste ponto de vista Cristão central, eu vi a
necessidade de uma revolução no pensamento filosófico, pensada em um caráter
profundamente radical. Em confronto com a raiz religiosa da criação, nada menos
está em questão do que como relacionar todo o cosmo temporal, tanto nos seus
assimchamados aspectos “naturais” como nos “espirituais”, a este ponto de
referência. Em contraste com essa concepção Bíblica fundamental, de que significância
é uma assim-chamada “revolução Copernicana”, que meramente faz os “aspectos
naturais” da realidade temporal relativos a uma abstração teórica, tal como o
“sujeito transcendental” de Kant?"
Dooyeweerd, Herman. A New Critique of Theoretical
Thought. Amsterdam/Philadelphia:Uitgeverij H. J. Paris, Presbyterian and
Reformed, 1953, Vol I, Foreword.
Herman Dooyeweerd e a autonomia da razão
A maior crítica de Dooyeweerd, sem dúvida,
relaciona-se ao dogma da autonomia da razão:
"A PRETENSA AUTONOMIA DO PENSAMENTO FILOSÓFICO
Toda filosofia que exige um ponto-de-partida
cristão é confrontada com o dogma tradicional concernente à autonomia do
pensamento filosófico, sugerindo independência de todas as pressuposições
religiosas. Pode ser firmado que este dogma é apenas um que sobreviveu à
decadência geral das recentes certezas da filosofia. Esta decadência foi
causada pela retirada do fundamento espiritual do pensamento ocidental a partir
das duas guerras mundiais.
(...)
A pretensa autonomia, que é considerada a base
comum da Grécia antiga, escolasticismo tomístico e moderna filosofia
secularizada, carece desta unidade de sentido necessário porque possui um
fundamento comum.
Porém, a presente autonomia não pode garantir uma
base comum a diferentes tipos de filosofia. Se todo corrente filosófica que
pretende escolher seu ponto-de-partida no raciocínio teórico somente, não tiver
profundas pressuposições, seria possível assentar cada argumento filosófico
entre eles em um caminho puramente teórico.
(...)
Nem Kant, o fundador da assim chamada filosofia
crítico-transcendental, nem Edmund Husserl, o fundador da fenomenologia
moderna, que chamou sua filosofia fenomenológica de a mais radical crítica do
conhecimento, tem tido uma atitude teórica de pensamento a partir de um
problema crítico. Ambos partiram da autonomia do pensamento teórico como um
axioma que necessita de uma maior justificação. Esta é a pressuposição
dogmática de sua investigação teórica que faz a característica crítica da
problemática posterior e mascara seu real ponto de partida, o qual, como
matéria de fato, e seu pensamento, rege sua maneira de posicionar os problemas
filosóficos."
fonte:
http://dooybrasil.wordpress.com/tag/herman-dooyeweerd
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Gigantismo em Fósseis
Um dos princípios básicos da teoria da evolução é
que o progresso evolutivo inclui o desenvolvimento do tamanho do corpo físico.
E. C. Olson em sua obra “The Evolution of Life” (A Evolução da Vida), 1965, p.
240, assegura que “O aumento em tamanho é o curso normal seguido na evolução
das linhas filogenéticas e na irradiação adaptativa”, e o destacado autor
George Gaylor Simpson, referindo-se às leis da evolução, diz: “Entre estas, uma
das que melhor se estabeleceu é a tendência de aumentar em tamanho” (O Sentido
da Evolução, p. 132).
Em muitos pontos da coluna geológica isto parece se
confirmar. Por exemplo, os trilobitas ao passarem do Cambriano até o
Ordoviciano, e ainda os dinossauros ao irem do Triássico ao Cretáceo.
No entanto, ao comparar os fósseis com as espécies
vivas, cada vez mais se descobre o contrário. Parece que os fósseis pertenceram
a espécies gigantescas.

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