quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Antony Flew, o ateu convertido!








Muito antes de Daniel Dennett ou Richard Dawkins ou Cristopher Hitchens,  quem buscava um ateu com argumentos encontrava Anthony Flew. O filósofo inglês, hoje 84 anos, foi popular no circuito universitário dos anos 1970 – ’se Deus é invisível, intangível e incompreensível para mortais’, ele dizia, ‘então ninguém pode provar que ele existe.’

Mas foi-se o tempo.
Flew jamais foi um ateu dogmático. Filho de pastor anglicano, seu interesse maior foi sempre o desafio intelectual, os argumentos, o provar ou o desprovar. E jamais foi avesso a mudanças de idéias.

Flew abandonou o ateísmo, em 2004 admitiu reconhecer evidências em favor da existência de Deus. Flew afirma que certas considerações filosóficas e científicas o levaram a repensar seu trabalho de apoio ao ateísmo de toda uma vida, para se tornar favorável a um tipo de deísmo, similar ao defendido por Thomas Jefferson:

"Por um lado a razão, principalmente na forma de argumentos pró-design nos assegura que há um Deus, por outro, não há espaço seja para alguma revelação sobrenatural, seja para alguma transacção entre tal Deus e seres humanos individuais".FONTE: Biola University, [My Pilgrimage from Atheism to Theism An Exclusive Interview with Former British Atheist Professor Antony Flew, Gary R. Habermas, Biola, December 9, 2004. pp 6]

Em 2007, Flew lançou um livro intitulado "There's a God" (Existe um Deus) aonde, apesar da sua visão particular de Deus, chega mesmo a exaltar o Cristianismo:

"Na verdade, eu acho que o cristianismo é a religião que mais claramente merece ser honrada e respeitada, quer seja verdade ou não sua afirmação de que é uma revelação divina. Não há nada como a combinação da figura carismática de Jesus com o intelectual de primeira classe que foi São Paulo. Praticamente todo o argumento sobre o conteúdo da religião foi produzido por São Paulo, que tinha um raciocínio filosófico brilhante e era capaz de falar e escrever em todas as línguas relevantes"(Antony Flew, There is a God, p. 185, 186)

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