domingo, 5 de fevereiro de 2012

O homem de Piltdown


"Em 1912, William Dawson e A.S.Woodward anunciaram a descoberta de um homem semelhante ao macaco, nos rochedos do planalto de Kent, na Inglaterra. O crânio fóssil estava quebrado, mas praticamente completo e essencialmente humano. A mandíbula, por outro lado, parecia-se muito com a do macaco. Junto ao crânio, encontravam-se ossos de elefante afiado na ponta.

Imediatamente, alguns cientistas disseram que a mandíbula não pertencia ao crânio; outros afirmavam, com igual firmeza, que pertencia. Enquanto a discussão prosseguia, foram feitas novas escavações que resultaram na descoberta, em outro local, de dois pedaços de crânio e um dente.

Desde que isto parecia demasiado para uma coincidência, muitos que haviam refutado a descoberta original mudaram de opinião e aceitaram. Esta aceitação foi feita apesar do dente na segunda descoberta ter sido desgastado artificialmente e um dos fragmentos do crânio parecer parte do encontro anteriormente. Seria, de fato, muito suspeito encontrar uma parte do crânio original a poucas milhas de distância. Todavia, esses fatos foram desprezados.

Em 1953, Kenneth Oakley completou alguns testes químicos sobre o material. Eles provaram que o crânio e a mandíbula não pertenciam à mesma criatura e que nenhum dos dois correspondia aos ossos de animal encontrados. O homem de Piltdown acabou sendo apenas a função de um crânio humano moderno com a mandíbula de um macaco. O material tinha sido tratado quimicamente para parecer velho, assim como os dentes. Ninguém sabe ao certo quem preparou o embuste, mas ele foi capaz de enganar a ciência moderna por mais de quarenta anos. É surprendente como esses fatos passaram despercebidos durante quarenta anos".

Josh McDowell

"As diversas reconstruções do homem de Piltdown feitas por Smith - Woodward, Keith e outros peritos, diferem muito entre si. Tentar restaurar as partes moles é mesmo uma tarefa muito arriscada. Os lábios, os olhos, as orelhas e a protuberância nasal, não representam nenhuma pista que ajude a determinar a forma esqueletal básica. Alguém pode, com a mesma facilidade, modelar sobre o crânio de Neanderthal o contorno de um chipanzé ou as feições de um filósofo. As alegadas restaurações de primitivos tipos de homens têm pouco valor científico, se é que têm algum. No entanto, têm a capacidade de enganar o público".
A.E.Hogton                      

Professor da Universidade de Harward

Nenhum comentário:

Postar um comentário