quarta-feira, 24 de maio de 2017

A EXISTÊNCIA HISTÓRICA DE JESUS CRISTO



Por Lucas Banzoli

Há bem poucas semanas atrás montei um artigo no meu site depois de analisar várias evidências históricas sobre a existência histórica do homem chamado Jesus. No site o artigo é bem extenso, mas aqui procurarei fazer um pequeno resumo das partes mais importes. O conteúdo total encontra-se aqui:

Vamos para as principais evidências:

Flávio Josefo
“Naquela época vivia Jesus, homem sábio, de excelente conduta e virtude reconhecida. Muitos judeus e homens de outras nações converteram-se em seus discípulos. Pilatos ordenou que fosse crucificado e morto, mas aqueles que foram seus discípulos não voltaram atrás e afirmaram que ele lhes havia aparecido três dias após sua crucificação: estava vivo. Talvez ele fosse o Messias sobre o qual os profetas anunciaram coisas maravilhosas”
 (Antiquites, VIII, III)
.
"Mas o jovem Anano, que, como já dissemos, assumia a função de sumo-sacerdote, era uma pessoa de grande coragem e excepcional ousadia; era seguidor do partido dos saduceus, os quais, como já demonstramos, eram rígidos no julgamento de todos os judus. Com esse temperamento, Anano concluiu que o momento lhe oferecia uma boa oportunidade, pois Festo havia morrido, e Albino ainda estava a caminho. Assim, reuniu um conselho de juízes, perante o qual trouxe Tiago, irmão de Jesus chamado Cristo, junto com alguns outros, e, tendo-os acusado de infração à lei, entregou-os para serem apedrejados"
 (Antiguidades,20.9.1)

Tácito
“Para destruir o boato (que o acusava do incêndio de Roma), Nero supôs culpados e infringiu tormentos requintadíssimos àqueles cujas abominações os faziam detestar, e a quem a multidão chamava cristãos. Este nome lhes vem de Cristo, que, sob o principado de Tibério, o procurador Pôncio Pilatos entregara ao suplício. Reprimida incontinenti, essa detestável superstição repontava de novo, não mais somente na Judéia, onde nascera o mal, mas anda em Roma, pra onde tudo quanto há de horroroso e de vergonhoso no mundo aflui e acha numerosa clientela”
 (Tácito, Anais , XV, 44 trad. 1 pg. 311; 3)

Luciano de Samosata
“Foi então que ele [Proteus] conheceu a maravilhosa doutrina dos cristãos, associando-se a seus sacerdotes e escribas na Palestina. (...) E o consideraram como protetor e o tiveram como legislador, logo abaixo do outro [legislador], aquele que eles ainda adoram, o homem que foi crucificado na Palestina por dar origem a este culto.(...) Os pobres infelizes estão totalmente convencidos, que eles serão imortais e terão a vida eterna, desta forma eles desprezam a morte e voluntariamente se dão ao aprisionamento; a maior parte deles. Além disso, seu primeiro legislador os convenceu de que eram todos irmãos, uma que vez que eles haviam transgredido, negando os deuses gregos, e adoram o sofista crucificado vivendo sob suas leis"
 (Passagem do Peregrino, 11 e 13)

"...o homem que foi crucificado na Palestina porque introduziu uma nova seita no mundo (...) Além disso, o primeiro legislador dos cristãos os persuadiu de que todos eles seriam irmãos uns dos outros, após terem finalmente cometido o pecado de negar os deuses gregos, adorar o sofista crucificado e viver de acordo com as leis que ele deixou"
 (O Peregrino Passageiro)

“Ele promulgou um edito com o objetivo de assustá-los, dizendo que o Ponto estava cheio de ateus e cristãos que tinham a audácia de pronunciar os mais vis perjúrios sobre ele; a estes, ele os expulsaria com pedras, se quisessem ter seu deus gracioso”
 (Luciano de Samosata, Alexandre, o monge-oráculo, pp. 223-224)

Plínio, o Jovem

“Os fez amaldiçoarem a Cristo, o que não se consegue obrigar um cristão verdadeiro a fazer”
 (Epístolas X,96)

“É meu costume, meu senhor, referir a ti tudo aquilo acerca do qual tenho dúvidas... Nunca presenciei a julgamento contra os cristãos... Eles admitem que toda sua culpa ou erro consiste nisso: que usam se reunir num dia marcado antes da alvorada, para cantar hino a Cristo como Deus... Parecia-me um caso sobre o qual devo te consultar, sobretudo pelo número dos acusados... De fato, muitos de toda idade, condição e sexo, são chamados em juízo e o serão. O contágio desta superstição invadiu não somente as cidades, mas também o interior; parece-me que ainda se possa fazer alguma coisa para parar e corrigir... "
 (Plínio, Epístola X, 97)

Resposta do Imperador Trajano a carta de Plínio
"Nenhuma pesquisa deve ser feita por essas pessoas, quando são denunciados e culpados devem ser punidos, com a restrição, porém, que quando o partido nega-se a ser um cristão, e deve dar provas de que ele não é (que é adorando nossos deuses), ele será absolvido no chão de arrependimento, embora ele possa ter anteriormente efectuadas suspeita"
 (Plínio, o Jovem, L, 10:97)

Suetônio
“Os cristãos, espécie de gente dada a uma superstição nova e perigosa, foram destinados ao suplício”
 (Suetônio, Vida dos doze Césares, n. 25, p. 256-257)

“O Imperador Cláudio expulsou de Roma os Judeus que viviam em contínuas desavenças por causa de um certo Cresto”
 (Vida dos Doze Césares)

Flêgão
"Flêgão mencionou o eclipse que aconteceu durante a crucificação do Senhor Jesus Cristo e não algum outro eclipse; está claro que ele não tinha conhecimento, a partir de suas fontes, de qualquer eclipse (semelhante) que tivesse anteriormente ocorrido... e isso se vê nos próprios relatos históricos sobre Tibério César”
 (Livro 2, seções 14, 33, 59)

Mara Bar-Serapião
“Que vantagem os judeus obtiveram com a execução de seu sábio Rei? Foi logo após esse acontecimento que o reino dos judeus foi aniquilado (...) Nem o sábio Rei está morto; Ele sobrevive nos ensinos que deixou..."
 (Museu Britânico)

Justino
“No dia dito do Sol todos se reúnem no mesmo lugar, quer habitem nas cidades, quer nos campos; são lidas as memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas, segundo o tempo disponível. Quando o leitor termina, presidente da assembléia, com um discurso, nos convida e exorta à imitação daqueles belos exemplos (...) As pessoas de posse e bem dispostas oferecem tudo o que desejam; o que foi recolhido é depositado junto ao presidente [da assembléia], que ajuda os órfãos, as viúvas, os doentes, os presos, os estrangeiros que estão de passagem; numa palavra, ele socorre todos os que precisam”
 (Justino, I Apologia, 67)

Tertuliano
"Portanto, naqueles dias em que o nome cristão começou a se tornar conhecido no mundo, Tibério, tendo ele mesmo recebido informações sobre a verdade da divindade de Cristo, trouxe a questão perante o Senado, tendo já se decidido a favor de Cristo. O Senado, por não haver dado ele próprio a aprovação, rejeitou a proposta. César manteve sua opinião, fazendo ameaças contra todos os acusadores dos cristãos"
 (Apologia, V.2)

Talmude
.
"Na véspera da páscoa, eles penduraram Yeshu (de Nazaré), sendo que o arauto esteve diante dele por quarenta dias anunciando (YESHU DE NAZARÉ) vai ser apedrejado por ter praticado feitiçaria e iludido e desencaminhado o povo de Israel. Todos os que saibam alguma coisa em sua defesa que venham e suplique por ele. Mas nada encontraram em sua defesa e ele foi PENDURADO A VÉSPERA DA PÁSCOA”
 (Sinédrio da Babilônia,43a) 

“Mestre, tu deves ter ouvido uma palavra de minuth (heresia); essa palavra deu-te prazer, e foi por isso que foste preso. Ele (Eliezer) respondeu: Akiba, tu fizeste-me recordar o que se passou. Um dia que eu percorria o mercado de Séforis, encontrei lá um dos discípulos de Jesus de Nazaré; Tiago de Kefar Sehanya era o seu nome. Ele disse-me: Está escrito na vossa lei (Deuteronômio 23.18): ‘Não trarás salário de prostituição nem preço de sodomita à casa do Senhor teu Deus por qualquer voto...’ Que fazer dele? Será permitido usá-lo para construir uma latrina para o Sumo Sacerdote? E eu não respondi nada. Disse-me ele: Jesus de Nazaré ensinou-me isto: o que vem de uma prostituta, volte à prostituta; o que vem de um lugar de imundícies, volte ao lugar de imundícies.’ Esta palavra agradou-me, e foi por tê-la elogiado que fui preso como Minuth (herege)”
 (Talmude Babilônico)

Rei Abgar V
“Abgar, toparca da cidade de Edessa, a Jesus Cristo, o excelente médico que surgiu em Jerusalém, salve! Ouvi falar de ti e das curas que realizas sem remédios. Contam efetivamente que fazes os cegos ver, os coxos andar, que purificas os leprosos, expulsas os demônios e os espíritos imundos, curas os oprimidos por longas doenças e ressuscitas os mortos. Tendo ouvido falar de ti tudo isso, veio-me a convicção de duas coisas: ou que és Filho daquele Deus que realiza estas coisas, ou que és o próprio Deus. Por isso escrevi-te pedindo que venhas a mim e me cures da doença que me aflige e venhas morar junto a mim. Com efeito, ouvi dizer que os judeus murmuram contra ti e te querem fazer mal. Minha cidade é muito pequena, é verdade, mas honrada e bastará aos dois para nela vivermos em paz”
 (GHARIB, Os Ícones de Cristo, p.43) 
Portanto, podemos ver, a partir de relatos por estes
 escritores não-cristãos do primeiro e segundo século, vários aspectos importantes a respeito de Jesus e que se assemelham nitidamente com o que dele é escrito pelo Novo Testamento, a saber:

(1) Foi morto e crucificado, mas os discípulos estavam realmente certos de que ele havia ressuscitado (Josefo)

(2) Tinha um irmão chamado Tiago (Josefo)

(3) Os seguidores foram feitos objetos de esporte, foram amarrados nos esconderijos de bestas selvagens e feitos em pedaços por cães, ou cravados em cruzes, ou incendiados, e, ao fim do dia, eram queimados para servirem de luz noturna (Tácito)

(4) Os cristãos (seus seguidores) foram destinados ao suplício (Suetônio)

(5) Os judeus foram expulsos de Roma por causa de Cristo (Suetônio)

(6) Era o homem crucificado na Palestina por introduzir uma nova seita no mundo (Luciano de Samosata)

(7) Seus seguidores continuam se reunindo regularmente para lhe prestar culto como a Deus (Plínio)

(8) Seus discípulos se recusavam a prestar culto aos deuses romanos (Luciano de Samosata)

(9) Seus seguidores se recusavam a amaldiçoá-lo, mesmo sob tortura (Plínio)

(10) Eram castigados em caso de não se arrependerem e começassem a adorar os deuses pagãos (Imperador Trajano)

(11) Na sua morte ocorreu um eclipse do sol durante a lua cheia (Flêgão)

(12) É comparado a Sócrates e Pitágoras pela sua sabedoria (Mara Bar-Serapião)

(13) Morreu crucificado (Justino)

(14) Realizou muitos milagres reconhecidos pelos próprios romanos (Justino)

(15) Ressuscita os mortos e cura os enfermos (Públio Lêntulo)

(16) Foi crucificado na véspera da páscoa (Talmude)

(17) Podia converter água em vinho, transformar morte em vida, doença em saúde; tranquilizar os mares tempestuosos (Pilatos)

(18) Dizia-se “Filho de Deus” e “Rei de Israel” (Peça do Processo de Cristo – Mudeu da Espanha)

(19) Era alto, e os ombros são um pouco inclinados; o semblante é magro e de uma aparência morena, por causa da exposição ao sol (Volume Archko)

(20) Tinha um irmão chamado Tiago e um pai chamado José (Ossuário do Irmão de Jesus)

(21) Fazia os cegos ver, os coxos andar, purificava os leprosos, expulsava os demônios e os espíritos imundos, curava os oprimidos por longas doenças e ressuscitava os mortos (Rei Abgar V)

(22) Foi chamado de “Cristo” (Josefo)

(23) Praticou “magia”, conduzindo Israel a novos ensinamentos (Talmude da Babilônia)

(24) Afirmou ser Deus e que retornaria (Eliezer)

(25) Morreu na época da lua cheia da Páscoa (Talo)

(26) O cristianismo espalhou-se rapidamente, chegando até Roma (Tertuliano)

(27) Trevas e um terremoto aconteceram quando ele morreu (Talo)

(28) Seus discípulos estavam dispostos a morrer por sua crença (Plínio)

(29) Foi pendurado a véspera da Páscoa (Sinédrio da Babilônia)

(30) Seus discípulos o chamavam de “Filho de Deus” (Públio Lêntulo)

Para alguém negar a existência de Jesus como pessoa real, teria necessariamente também que negar em completo a existência histórica de Sócrates, Pitágoras, Platão, Aristóteles, Alexandre o Grande, Tibério César e de praticamente toda a história antiga, porque temos muitíssimas mais provas históricas de Jesus do que todos estes juntos! Qualquer um que tenha um mínimo de ceticismo percebe claramente como é gritante a ignorância ateísta em negar a existência de Jesus.
 

Poucos fatos da história antiga, por exemplo, são mais "extraordinários" do que os feitos de Alexandre, o Grande (356-323 a.C.). Apesar de ter vivido apenas 33 anos, Alexandre alcançou um sucesso sem paralelo. Ele conquistou grande parte do mundo civilizado de sua época, desde a Grécia, indo ao leste da Índia e ao sul do Egito. Contudo, como sabemos tudo isso sobre Alexandre? Não temos fontes da época de sua vida ou de pouco tempo depois de sua morte. Temos apenas fragmentos de duas obras escritas cerca de cem anos depois de sua morte. A verdade é: baseamos quase tudo o que sabemos sobre a vida "extra-ordinária" de Alexandre, o Grande, daquilo que historiadores escreveram cerca de 300 a 500 anos depois de sua morte!
 


Tome também, por exemplo, o imperador romano da época de Cristo: Tibério César. Quantas fontes não-cristãs fazem menção a Jesus? Temos, no mínimo, outros 15 escritores não-cristãos conhecidos que mencionam Jesus num período de até 150 anos depois de sua morte. Por outro lado, nesses mesmos 150 anos, existem nove fontes não-cristãs que mencionam Tibério César, o
 imperador romano dos tempos de Jesus! Assim, descontando todas as fontes cristãs, em relação ao imperador romano existe uma fonte a mais que menciona Jesus. Se você incluir as fontes cristãs, os autores que mencionam Jesus superam aqueles que mencionam Tibério numa proporção de 43 para 10!

À luz das robustas evidências favoráveis à vida de Cristo, qualquer um que
 questione da historicidade de Cristo deveria necessariamente duvidar da historicidade de Alexandre, o Grande, do imperador romano Tibério César e da grandíssima maioria dos personagens históricos que aparecem nos livros de História. Tal “cético” seria alguém com um conhecimento histórico zero e uma mentalidade completamente fechada. De fato, para ser coerente, tal cético deveria duvidar de toda a história antiga, e, por fim, da sua própria existência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário