Editora Hagnos
O problema do mal é a questão mais difícil da
história da teologia. E tentar resolvê-lo pode se tornar uma armadilha abissal
para a fé, a exemplo do próprio ateísmo ou mesmo contendas teológicas
contemporâneas como teísmo aberto, teologia da prosperidade e outras
infinidades de caminhos.
A maldade é indigesta. Mais ainda quando está
presente nas páginas das Escrituras Sagradas, tendo como origem o Deus de amor.
Durma-se então com um barulho desses. O profeta hebreu Habacuque é um dos que
se espantaram diante do caos. Mirou seus olhos ao céu e bradou diante do
silêncio divino: “Até quando clamarei, e não escutarás, Senhor? Ou gritarei a
ti: Violência! E não salvarás?”
Esse espinhoso tema inspirou o pastor, escritor e
teólogo Luiz Sayão, que o desafiou primeiro no seu mestrado em Língua Hebraica,
Literatura e Cultura Judaica pela Universidade de São Paulo (USP) e agora por
meio do seu mais recente livro, O Problema do Mal no Antigo Testamento: O Caso
de Habacuque. Nele, o pastor propõe uma reflexão sobre as injustiças e
sofrimentos dos períodos narrados no Velho Testamento bíblico, com particular
atenção ao livro do profeta Habacuque.
Luiz Sayão trata do tema teodiceia, um ramo da
teologia que estuda a coexistência de um Deus todo-poderoso e de bondade sem fim,
com o mal. Para o autor, a esperança que brota da fé é que, apesar de o mal ter
a permissão divina, Deus o utiliza para produzir um bem maior.
O livro é indicado a estudantes de teologia,
seminaristas, pastores e líderes e a qualquer leitor que se interesse pelo tema
teodiceia. Com uma abordagem clara, o livro propõe um olhar criterioso sobre o
caso de Habacuque e pode ser utilizado em disciplinas acadêmicas como
antropologia bíblica, história do cristianismo, filosofia da religião, entre
outras.
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