A primeira teoria científica relativa à fonte de
energia para o sol havia afirmado que meteoros caíram nele, fornecendo-lhe
combustível. Esta explicação foi sugerida logo depois que Isaque Newton
publicou seus conceitos sobre a física. O problema com esta idéia da energia
solar era que ela provocaria uma mudança na duração do ano, o que foi ignorado.
Isso é tudo com respeito a essa teoria.
Por volta de 1850, Herman von Helmholtz sugeriu que a energia para a luminosidade do
sol era causada pela sua lenta contração gravitacional. Em outras palavras, o
sol estava diminuindo sob o seu próprio peso. George Abell calculou:
”Desde que a
presente luminosidade do sol é de 4x10(33) ergs/segundo, ou cerca de 10(41)
ergs/ano, a sua contração pode fazê-lo continuar brilhando na presente
proporção por um período na ordem de 100 milhões de anos”.(1)
Lord Kelvin
também calculou a idade do sol baseado na hipótese de contração. Mas,
infelizmente para Von Helmholtz e Kelvin, esta teoria foi publicada na hora
errada. Devido a conceitos que estavam sendo desenvolvidos em biologia e
geologia, muitos cientistas não queriam aceitar a idéia de uma terra jovem. Don L. Eicher registra:
”Durante o
período de grande interesse na duração do tempo geológico que se seguiu ao
aparecimento da Origem das Espécies de Darwin, os cálculos de Kelvin sobre a
idade do sol e a taxa de perda de calor da terra foram, sem dúvida, os que tiveram
maior influência. Eles estavam também entre os mais baixos. Por serem baseados
em medidas físicas precisas que exigiam poucas suposições, pareciam
irrefutáveis e foram largamente aceitos pela maioria dos geólogos, embora com
relutância. Darwin e seu séqüito crescente de paleontólogos e biólogos
evolucionistas não podiam aceitar, porém, facilmente o pequeno intervalo de
tempo conferido a Kelvin, porque suas teorias exigiam uma duração muito
superior em magnitude... Os seus oponentes sabiam disso muito bem. O corte
drástico no tempo geológico feito por Kelvin equivalia a uma renúncia positiva
da evolução orgânica mediante a seleção natural”.(2)
Eicher continua:
”Darwin só
conseguia admitir que os dados de kelvin constituíam uma perigosa objeção à
seleção natural. No clima intelectual confuso em que Darwin escreveu edições
posteriores da origem, ele retornou sua primeira e firme posição sobre a
seleção natural. Removeu referências concretas a enormes períodos de tempo e
tentou adequar suas escalas de evolução anteriores extremamente lentas. Em
resumo, toda a sua estrutura teórica se tornou vacilante em vista das
tentativas de ajuste aos argumentos de Jenkins e Kelvin.”(3)
Com a descoberta da radioatividade em 1896, os
geólogos rapidamente começaram a “datar” a terra. A radioatividade indicava que
a terra tinha bilhões de anos. Bem, se a terra era assim velha, também o sol
deveria ter a mesma idade. Isso criou um problema para os cientistas: eles
precisavam de algum tipo de fonte de energia que permitisse ao sol brilhar
constantemente por volta de 4,5 bilhões de anos. Propuseram, então, que a fusão
de hidrogênio, o mesmo processo que ocorre nas bombas de hidrogênio, fosse
responsável pela energia do sol. Desde essa época, os estudantes de ciências
têm aprendido que o sol é simplesmente uma grande bomba de hidrogênio.
Quando dois átomos de hidrogênio se fundem ou se
unem para formar o hélio, uma pequena partícula subatômica chamada nutrino se
desprende. Os nutrinos são difíceis de detectar, mas podem ser registrados se
os detectores forem colocados na parte inferior das minas. O número de nutrinos
detectado é de apenas 4 por mês ou cerca de 1/10 do número esperado se, no
interior solar, estivesse ocorrendo fusão de hidrogênio (4). Isto significa que
a energia do sol não é resultado da fusão nuclear. De onde ela vem, então?
Em 1979, J. A. Eddy e A. A. Boornazian declararam
que o sol vinha encolhendo pelo menos nos últimos 400 anos(5). Dunham e outros
fizeram medições similares e também concluíram que o sol estava encolhendo (6).
Se isto for verdade, o sol, então, talvez, não seja tão velho quanto se
professa, desde que parece que a conclusão de Helmooltz e Kelvin, sobre a pouca
idade do sistema solar, está sendo apoiada pelas provas mais recentes.
Referências:
1. George Abell, Exploration of the Universe,
Chicago: Hot Rinehart and Winston, 1969, p.561.
2. Don L. Eicher, Geologic Time, Englewood Cliffs:
Prentice-Hall, 1976, p.15.
3. Ibidem, p.16
4. Hilton Hinderliter, ”The Skrinking Sun: A
Creationist´s Prediction, Its Verification, and the Resulting Implications for
Theories of origins”.
5. J. A. Eddy e A. A. Boornazic, ”Secular Decrease
in the Solar Diameter, 1836-1953”, Bulletin of the American Astronomical
Society, 1979, p.437.
6. David W. Dunham, et al., ”Observations of a
Probable Chance in the Solar radius Between 1715 and 1979”, Science, vol.210
(12 de dezembro de 1980), p.1243.
Fonte:
"Razões - para os céticos considerarem o cristianismo" de Josh
McDowell, ed.Candeia, pg.108-110.
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