terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Sobre o costume de se libertar presos na páscoa

Questão trazida por Vivi:
Não era de praxe os governantes romanos libertarem um prisioneiro judeu por ocasião do Páscoa (isso alegam os judeus), e por esse motivo o relato de Jesus ter sido entregue no lugar de Barrabás e tudo mais é "lenda". Já vi esse tipo de argumentação por parte de céticos quando dizem que os relatos da bíblia não são confiáveis. Eles dizem que toda a narração do que aconteceu com Jesus, seria ilegal do ponto de vista da Lei, dos costumes... o horário que o foram buscar por ex. E se fosse verdade teria acontecido um assassinato judicial. (segundo os judeus).

Frase do cético:
Os romanos só passaram a libertar presos na Páscoa a partir do séc.III. Nunca ocorreu isto antes, até porquê a região era conflituosa e a maioria dos presos eram zelotes assassinos. Se Pilatos tivesse soltado Barrabás, teria sido condenado à morte por traição pelo imperador romano.
--------------------------------------------------------

Por Pipe:
Isso é Argumentum ad ignorantiam (Argumento da Ignorância)

Mesmo assim vamos a questão:
"sobre o costume de se libertar presos na páscoa...
Não era de praxe os governantes romanos libertarem um prisioneiro judeu por ocasião do Páscoa (isso alegam os judeus),"

Argumentando:
1. O texto diz em Jo 18:39 diz: Contudo, segundo o costume de vocês...“. Ou seja, o costume era judaico e não romano.
2. Os quatro Evangelhos falam deste costume. Ou seja, é muito pouco provável que os quatro tenham se equivocado.
3. Como mostra o Código de Teodósio, a lei romana criou uma anistia na época da páscoa, mas isto foi introduzido depois da cristianização (III século) do império para celebrar o significado cristão da época. Ou seja, o costume só foi oficializado romano quando o império romano se tornou cristão. E em que isto implica? Implica que algum tipo de costume anterior existia e que foi oficializada somente mais tarde. Porque os romanos oficializariam uma lei em virtude de autenticaram algo que não era autentico? Se eles autenticaram esta lei, é porque tal costume existia, porém não de modo oficial.
4. Não foi Pilatos quem escolheu Barrabás, foram os sacerdotes (Mc 15:11; Lc 23:18; Jo 18:40). Foram eles que incitaram soltar Barrabás justamente porque ele como um judeu zelote era mais interessante do que um judeu que ameaçava sua religião se dizendo o Messias.

"Eles dizem que toda a narração do que aconteceu com Jesus, seria ilegal do ponto de vista da Lei, dos costumes...o horário que o foram buscar por ex. E se fosse verdade teria acontecido um assassinato judicial. (segundo os judeus)"

Esta afirmação acima precisa ser melhor explanada. Ela precisa dizer:
1. Por que é contrário a Lei?
2. Por que é contrário ao costume?
3. Por que a questão do horário?

4. Como assim “assassinato judicial”?

8 comentários:

  1. Mais ym do varios delírios bíblicos

    ResponderExcluir
  2. A respostas são correntes e aclaram o que diz o texto bíblico. Parabéns a quem observou com cautela o texto apreço.

    ResponderExcluir
  3. A respostas são correntes e aclaram o que diz o texto bíblico. Parabéns a quem observou com cautela o texto apreço.

    ResponderExcluir
  4. MUITO BOA A EXPLANAÇÃO DO CONTEXTO SOBRE O COSTUME JUDAICO...O POVO JUDEU TEM UM CORAÇÃO MUITO DURO, MUITO REBELDE...POR ISTO MOISES LIBEROU O DIVORCIO NA ÉPOCA POS-EXODO ENTRE OUTROS ACONTECIMENTOS.

    ResponderExcluir
  5. Estuda na lingua hebraica e na lingua grega que e onde a biblia foi escrita e veja se esta desta forma que vocês estao falando.

    ResponderExcluir
  6. E o que tu me dizes sobre os fortes terremotos da hora sexta até a hora nona durante a crucificação de Jesus, saída de pessoas ressuscitadas dos túmulos andando em Jerusalém, o rompimento do véu no Templo citados em Mateus 45 e 51-53?

    ResponderExcluir
  7. Boa noite!

    Gostaria de ajudar nesta questão, na cosmo visão bíblica o ministério de Jesus foi profético, ou seja desde seu nascimento até a sua morte e resorewicao e assunção aos céus já haviam sido profetizado no velho testamento, o seu nascimento, o seu propósito, a sua morte, nada foi por um acaso, em fim, diante desta reflexão gostaria de soltar uma lei do velho testamento que está em Levíticos capítulo 16 o de se fala do bode emissário e do bode da expiação, era lançada a sorte sobre os 2 bodes, um era enviado para o sacrifício e outro era solto no deserto, isso acontecia 1 vez por ano no 10 dia do 7° mês durante um longo período vetero testamentária, Jesus foi o bode da expiação a qual teve o seu sangue derramada para a exposição do pecado, Barrabás foi o solto para simbolizar o perdão, se era costume ou não era , não precisamos nos preocupar mais fato é que a morte de Jesus trás a luz todo o propósito de Deus de fazer entender que teve um que morreu pelo pecado de todos e este é Jesus que derramou o seu sangue para nós purificar de todo pecado. Vale apena meditar neta questão . É mais vocês não vou encontrar mais ninguém que esclareceu desta forma.

    ResponderExcluir
  8. A sua argumentação está cheia de erros.
    1. Os 4 evangelhos não mostram esse 'costume', o de Lucas NADA fala sobre isso.
    2. João é um evangelho tardio - final do século I e início do século II - ele diz algo diferente dos dois primeiros evangelhos (Marcos e Mateus), que fala que o costume era do governante, e não judaico.
    3. Não há nada na história que fala sobre esse costume na Judeia, e se Pilatos libertasse presos teria sim que prestar contas à Roma (imperador).
    4. Pilatos era sanguinário e violento, jamais ele seria burro de soltar um rebelde assassino como Barrabás, seria como dá um tiro no pé. Era maos lógico ter mandado decapitar Barrabás e pronto.
    5. Muita incoerência Pilatos falar que Jesus não tinha nenhuma culpa, e mesmo assim resolver matá-lo, e de quebra, soltar Barrabás que ele sabia que era um criminoso.

    Se falasse que Barrabás que foi crucificado tinha mais lógica. Esse relato continua mentiroso.

    ResponderExcluir