sábado, 25 de janeiro de 2014

Homem transforma a evolução de espécie



O artigo abaixo transcrito apareceu em O Globo Revista de 29/08/2004, transcrito de revistas científicas:

O impacto da ação humana sobre a vida na Terra atingiu um novo patamar. Cientistas americanos estão convencidos que a humanidade alterou um dos mais essenciais e lentos processo da natureza: a evolução das espécies.

Uma equipe do Instituto de Tecnologia da Geórgia descobriu num lago africano provas vivas do impacto humano sobre a evolução.

Duas novas espécies de peixes ciclídeos surgiram no Lago Malawi em apenas 20 anos. Os ciclídeos são peixes tropicais de água doce muito coloridos. Já se sabia que tinham rápida taxa evolutiva, mas jamais se imaginou que uma nova espécie poderia surgir tão depressa.

Na África e nas Américas há mais de mil espécies de ciclídeos, originadas em 500 mil anos, um piscar de olhos em termos evolutivos. Vinte anos, porém, é inconcebível em termos naturais. Mas num estudo publicado na revista "Molecular Ecology , os cientistas descobriram que a espécie Otilapia afra introduzida no lago em 1983 por um exportador de peixes ornamentais tinha evoluído em duas espécies geneticamente diferentes.

Uma mudança drástica de habitat teria selecionado variedades distintas do peixe. O estudo não é mera curiosidade. Mostra que impacto da ação humana sobre o meio ambiente pode ter consequências muito mais profundas e imprevisíveis do que o imaginado até agora. O coordenador do estudo J. Todd Streelman diz que há uma lista crescente de peixes, plantas e insetos que parecem estar sendo alterados por mudanças provocadas pelo homem.

Seria oportuno, então, perguntar: a quem estão os evolucionistas querendo enganar? A si mesmos, a nós criacionistas, ou a ambos os grupos? Prefiro pensar que a verdade esteja nesta última opção porque, se eles realmente crêem que procedimentos científicos foram adotados de modo a permitir a conclusão do artigo acima transcrito, então é porque eles estão se enganando a si mesmos e querem, também, desacreditar o criacionismo com inverdades sinuosamente apresentadas em nome da ciência.

Desculpem-nos os evolucionistas, mas se eles insistem em exposições absurdamente destituídas de sentido, não nos resta outra alternativa que não a de ensiná-los acerca dos fundamentos da ciência.

Em primeiro lugar, o artigo condena uma determinada ação humana por alterar "um dos mais essenciais e lentos processo da natureza: a evolução das espécies". Entretanto, no caso acima apresentado a única ação foi a de um exportador de peixes ornamentais que teria levado para o lago Malawi alguns dos peixes por ele comercializados. Será que pegar peixe de um lago, ou de um aquário, e soltar em outro lago se constitui numa ação capaz de alterar a velocidade do processo de evolução dessa espécie, reduzindo esse tempo de quinhentos mil para apenas 20 anos?

O artigo continua dizendo que cientistas descobriram que a espécie Otilapia afra, introduzida no lago em 1983 pelo já referido exportador de peixes ornamentais, tinha evoluído em duas espécies geneticamente diferentes, a mais nova delas vista na foto que acompanha o artigo em pauta. Infelizmente, para os evolucionistas, hoje é muito mais difícil distorcer fatos da natureza para que pareçam de conformidade com suas idéias acerca das nossas origens. Vamos, então, proceder a uma análise dos fatos como eles de fato são:

O lago Malawi ocupa uma área de 31 mil Km² e encontra-se a 474 metros acima do nível do mar, sendo o terceiro maior lago africano e o quarto do mundo em profundidade. O lago Malawi fica próximo a dois outros lagos maiores: o lago Tanganyika e o lago Victoria, sendo este último o segundo maior lago do mundo.

Os três lagos são abundantes em peixes ciclídeos, família a que pertencem as espécies citadas no artigo aqui em pauta.

Quem visitar a página da internet em http://www.cichlidnetwork.com/malapho.htm, verá que há 120 espécies conhecidas de ciclídeos vivendo no lago Malawi, mas estima-se que haja muitas espécies que ainda não foram sequer catalogadas.

Então, como se pode ter certeza de que a espécie Cynotilapia afra não existia naquele lago, tendo ali sido introduzida pelo tal exportador. Diga-se de passagem que não é nada científico escrever um artigo omitindo nomes como o do tal exportador e dos cientistas envolvidos, porque isso elimina completamente a possibilidade de verificação dos fatos.

Agora, se clicarmos em "Cynotilapia afra 'nkhungu reef'" no site já mencionado, veremos o peixe da figura é exatamente igual ao do artigo em questão, e nenhuma referência ao fato de que ele tenha sido introduzido no lago em tempos mais recentes.

Além disso, nenhuma experiência foi feita de modo a determinar, por exemplo, o número de cromossomos dessas suposta espécies, de modo que é muito provável que sejam apenas variações dentro da mesma espécie, como no caso dos cães. Na natureza, freqüentemente ocorre que animais da mesma espécie, mas de padrões de cor distintos se estranhem, dando a impressão de que são espécies distintas. Entretanto, confinados em um jardim zoológico, via de regra acabam cruzando e produzindo prole fértil, mostrando que são, na verdade, da mesma espécie.

O mais importante, porém, ainda está por vir. Trata-se do fato de que o lago Malawi nunca esteve isolado, de modo que ninguém pode garantir se a suposta espécie encontrada já não existia ali ou que não foi colocada no lago pelo tal exportador ou por alguém mais no correr dos anos desde 1983. Será que cientistas evolucionistas não sabem que esse teria que ser o procedimento científico que garantiria a conclusão de que a espécie encontrada descende mesmo de outras que estavam no lago?

Essa pergunta só pode ser respondida afirmativamente, porque os mesmos cientistas que levianamente concluem seus artigos em favor da teoria da evolução, quando fazem seus experimentos em laboratório, cultivando bactérias, por exemplo, usam luvas devidamente esterilizadas para evitar a contaminação do ambiente por outros microrganismos.

Por isso, a atitude leviana de não considerar esses fundamentos da metodologia científica quando se trata de defender a teoria da evolução só pode ser entendida como um ato de desonestidade intelectual, na falta de argumentos genuinamente científicos para a defesa da teoria da evolução, essa teoria que, do século XVIII invadiu o presente século mas que, pelo andar da carruagem, perto está de ser declarada falsa. Afinal, pode-se enganar a poucos durante muito tempo, ou a muitos durante pouco tempo, mas enganar a todos durante todo o tempo é uma tarefa impossível.

Fonte:

O Prof. Christiano P. da Silva Neto é professor universitário, pós-graduado em ciências pela University of London, estando hoje em tempo integral a serviço da ABPC - Associação Brasileira de Pesquisa da Criação, da qual é presidente e fundador. Autor de cinco livros sobre as origens, entre os quais destacam-se Datando a Terra e Origens - A verdade Objetiva dos Fatos, o Prof. Christiano tem estado proferindo palestras por todo o país, a convite de igrejas, escolas e universidades.

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