sábado, 22 de fevereiro de 2014

O osso que faltava !?!

Ano: 1922; local: Estado de Nebraska, nos Estados Unidos. Um dente é encontrado em uma escavação e alguém diz que teria pertencido ao ancestral do homem. A notícia rapidamente se espalha e o achado é visitado até mesmo por cientistas do Velho Mundo, que atravessam o Atlântico e confirmam a descoberta. Em seguida, utilizando como base aquela peça, um desenhista resgata a imagem daquele que ficaria conhecido na história da Ciência e da teoria da evolução como sendo o “homem de Nebraska”, suposto ancestral do homem moderno. Mais alguns dias, e a verdade vem à tona: aquele dente pertencia mesmo a uma espécie de porco selvagem hoje extinta.

É óbvio que todos reconhecemos a arqueologia e a paleontologia como campos do conhecimento de valor inestimável, através dos quais é possível conhecer muito a respeito do passado do planeta que nos abriga. Foi através de escavações arqueológicas que tomamos conhecimento de antigas civilizações que existiram em tempos mais remotos; foi também através da pesquisa paleontológica que tivemos conhecimento de que nosso mundo já foi habitado por dinossauros gigantes que hoje não mais existem.

É inegável que um simples pedaço de osso pode nos dizer muito mais acerca do contexto de onde foi extraído do que apenas seu mero formato e dimensões. Dependendo da amostra, podemos ter certeza a respeito de sua função na estrutura óssea do animal que o possuía, tamanho desse animal e, possivelmente, até sua classificação taxonômica. O cientista, entretanto, precisa ter cuidado para não ir mais longe do que sua amostra permite, e parece que foi esse o caso no episódio do homem de Nebraska.

Esse parece também ser o caso do úmero (osso do antebraço) fossilizado de que fala a revista ISTOÉ de 14 de abril de 2004, p. 53.

"Meio peixe meio anfíbio
O fóssil de um úmero (osso do antebraço) descoberto na Pensilvânia pode ser a chave que faltava para indicar o momento em que os vertebrados deixaram a água para andar em terra firme. Parecida com uma salamandra, a espécie desconhecida media cerca de 60 centímetros e, na linha evolutiva, está entre peixes e anfíbios. O achado indica que o animal não possuía barbatana nem braço. O formato achatado do fóssil sugere que essa estrutura fazia apenas dois movimentos, para frente e para trás. Era o suficiente para o animal nadar e subir à superfície para respirar".

A partir desse achado tão fragmentário, possivelmente de uma espécie desconhecida, os cientistas que o descobriram pensam poder afirmar que o animal se parecia com uma salamandra e que, na linha evolutiva, está entre peixes e anfíbios, sendo capazes até de prognosticar que essa estrutura fazia apenas dois movimentos, para frente e para trás, e que isto era o suficiente para o animal nadar e subir à superfície para respirar.

Se todo esse conhecimento pudesse mesmo ser derivado do fóssil encontrado, certamente teria colocado seus descobridores em posição de destaque na galeria dos homens de ciência mais respeitados, pois seria, ainda que apenas um fragmento, parte de um fóssil de transição, exatamente como Darwin predisse que encontraríamos, assim que o registro fóssil fosse mais extensivamente pesquisado. Vemos, porém, a julgar pela repercussão que a descoberta teve no mundo da ciência, que se trata de mais uma dessas conclusões levianas que emanam do bloco evolucionista, no afã de dar sustentação à sua teoria sobre as origens.

Ciência demanda provas, mas não provas fabricadas, ainda que bem intencionadamente. Ciência significa conhecimento, e este se pressupõe verdadeiro. E a verdade, aqui, se resume no fato de que o registro fóssil não se mostra como suporte da tese da evolução, como tem sido a expectativa de praticamente todos os evolucionistas ao longo de todos esses anos, desde que Darwin manifestou publicamente essa expectativa. O registro fóssil, de modo irretorquível, nos fala de surgimento súbito de espécies, de lacunas intransponíveis entre elas, exatamente como predizia o modelo criacionista das nossas origens.

Fonte:

O Prof. Christiano P. da Silva Neto é professor universitário, pós-graduado em ciências pela University of London, estando hoje em tempo integral a serviço da ABPC - Associação Brasileira de Pesquisa da Criação, da qual é presidente e fundador. Autor de cinco livros sobre as origens, entre os quais destacam-se Datando a Terra e Origens - A verdade Objetiva dos Fatos, o Prof. Christiano tem estado proferindo palestras por todo o país, a convite de igrejas, escolas e universidades.

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