Você já pensou que o vôo das aves exige muito mais
do que somente a utilização dos princípios da Aerodinâmica?
Talvez a “pilotagem” seja o que de mais complexo
exista no vôo das aves. Manobras radicais, conhecimento de climatologia e
meteorologia, plano de vôo, com o traçado das rotas, orientação em pleno vôo,
etc., são “instintos” cujo surgimento é inexplicável pelo acaso. É esta mais
uma comprovação da existência de planejamento minucioso e sofisticado.
Outro fator a ser levado em conta no vôo migratório
das aves é o controle do combustível. O combustível utilizado por elas são as
suas reservas de gordura, e deve ser suficiente para manter sua autonomia de
vôo ao longo de todo o itinerário, especialmente se precisarem sobrevoar o
oceano sem possibilidade de escalas!
O plano de vôo deve levar em conta a velocidade de cruzeiro
mais econômica. Se a velocidade for muito grande, será gasta muito mais energia
para vencer o atrito. Se for menor, será consumido muito combustível só para
manter-se em vôo.
Cada espécie de ave migratória tem uma velocidade
de cruzeiro ótima, e sabe atingi-la sem maiores e complicados cálculos! Mais um
enigma que a evolução não consegue explicar.
A pequena tarambola dourada (com apenas cerca de 25
cm) migra do Alasca para o Havaí, no inverno. É um vôo sem escalas de 4.500 km,
pois não há nenhuma ilha em sua rota, e deve-se observar que ela não sabe
nadar! Neste percurso a tarambola bate suas asas 250.000 vezes
consecutivamente, durante 88 horas ininterruptas.
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