sábado, 23 de agosto de 2014

Tem alguma implicação bíblica Adão ter existido ou não?

De vez em quando alguém me pergunta: "Pipe, vc acredita que Adão existiu, ou ele é apenas uma metáfora mítica?"

Bom, no mínimo esta pergunta sugere que eu sou um cara que acredito na Bíblia. Caso contrário ela não faria sentido algum.

Partindo da premissa que eu creio na Bíblia como verdade, eu não somente creio que Adão existiu de verdade, mas considero desonestidade intelectual uma pessoa dizer que acredita que Jesus existiu, mas Adão foi só um conto de fadas. Por quê eu digo isso? Por duas razões:

1. Porque na Bíblia não cabe em momento algum que se trata de um personagem fictício. Leia comigo: "E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José de Heli,...e Sete de Adão, e Adão de Deus" (Lucas 3:23-38). Ninguém pode descender de alguém que é incapaz de gerar descendência. Se vc coloca em dúvida a existência de Adão, honestamente deverá também concluir que toda a árvore genealógica de José é fictícia.

2. Já a segunda coisa, é que se Adão não existiu, competi então ao crente relativista nos propor o que fazemos com isso que Paulo afirmou categoricamente em sua carta aos Romanos:

"No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir" (Romanos 5:14).

Ou em sua carta aos Coríntios:

"Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo" (1 Coríntios 15:22).

Ou então em sua carta para Timóteo:

"Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva" (1 Tm 2:13).

Se Adão não existiu, então toda a doutrina da origem do pecado deve ser abandonada. E não paro por aí, toda a doutrina da redenção deixa de ter sentido. Por isso meus queridos, para a fé cristã, Adão não é uma opção relativa para a sua teologia. Ele é uma figura testificada como real pela bíblia e essencial para que toda a história da redenção faça sentido.


Pipe

Nenhum comentário:

Postar um comentário